Ônibus do Rio terão nova pintura padronizada com estilo polêmico, diz Paes

Em uma coletiva realizada no Centro de Operações Rio (COR), o prefeito Eduardo Paes anunciou uma nova licitação para o sistema de ônibus do Rio de Janeiro, que será dividida em 31 lotes. A proposta inclui uma pintura padronizada para os coletivos, semelhante ao que foi estabelecido em 2010, quando os ônibus passaram a ter uma identidade visual unificada.

Os novos ônibus, que devem ser 5 mil no total, serão equipados com ar-condicionado e tecnologia de informação, como painéis de LED para exibir itinerários. Eduardo Paes destacou que a nova pintura será mais visível, prometendo um design que facilite a identificação dos consórcios, após críticas à uniformização anterior, que era considerada discreta.

Mudanças Estruturais

A cidade será dividida em 22 lotes estruturais e nove lotes locais, priorizando áreas com pior qualidade de transporte, como a Zona Oeste. A primeira fase da licitação incluirá um lote em Campo Grande e dois locais na mesma região, com edital previsto para julho e licitação em outubro. Atualmente, a frota de ônibus na cidade é de 4,085 mil veículos, com uma idade média de 6,7 anos.

A nova estrutura visa substituir os quatro consórcios atuais (Intersul, Internorte, Transcarioca e Santa Cruz) e melhorar a qualidade do transporte público. A expectativa é que a frota aumente significativamente, passando de 199 ônibus nas áreas contempladas para 680 novos coletivos.

Tecnologias e Sustentabilidade

Os novos ônibus terão motor traseiro e um velocímetro interno que mostrará a velocidade aos passageiros. A prefeitura também considera a implementação de uma frota elétrica, com detalhes a serem divulgados após a publicação do edital. O Índice de Qualidade do Transporte (IQT) foi utilizado para determinar as áreas prioritárias, com foco em melhorar o serviço nas regiões mais necessitadas.

A nova licitação será realizada em cinco fases, com a última prevista para ocorrer entre setembro de 2027 e agosto de 2028, quando os contratos atuais se encerram. A prefeitura manterá os subsídios para as empresas que assumirem os novos lotes, buscando garantir um transporte público de qualidade para a população carioca.