30 de mai 2025
Universidades federais enfrentam crise orçamentária mesmo após recomposição de R$ 400 milhões
Universidades federais ainda enfrentam crise financeira, mesmo após recomposição de R$ 400 milhões; obras paradas e dívidas persistem.
O Presidente Lula ao lado de Camilo Santana, ministro da Educação. (Foto: Gabriela Biló - 4.fev.25/Folhapress)
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Universidades Federais Enfrentam Crise Financeira Apesar de Reposição Orçamentária
As universidades federais do Brasil continuam enfrentando dificuldades financeiras, mesmo após o governo Lula anunciar uma recomposição de R$ 400 milhões no orçamento. O valor, embora significativo, ainda é insuficiente para atender às demandas das instituições, que precisam de R$ 1,3 bilhão a mais para cobrir despesas essenciais.
O orçamento discricionário, que abrange gastos como contas de água, luz, internet e manutenção, permanece abaixo do necessário. A Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) afirma que, com a recomposição, o total para este ano chega a R$ 6,97 bilhões, apenas R$ 60 milhões acima do que o governo havia planejado inicialmente.
Repasses e Obras Paradas
O Ministério da Educação (MEC) anunciou a normalização dos repasses, que agora serão feitos em 12 parcelas mensais. Até novembro, as universidades devem receber cerca de R$ 300 milhões que estavam represados. No entanto, a situação ainda é crítica, com muitas instituições enfrentando obras paradas e dívidas acumuladas.
O ministro da Educação, Camilo Santana, destacou a intenção de enviar uma proposta ao Congresso Nacional para garantir sustentabilidade orçamentária às universidades. Desde 2023, o MEC promete apoio para mitigar o déficit, mas as necessidades continuam a não ser atendidas.
Impacto nas Universidades
A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), por exemplo, declarou estar "respirando por aparelhos", enfrentando cortes em serviços essenciais e atrasos em pagamentos. Com um orçamento de R$ 406 milhões para 2025, a UFRJ deve receber apenas R$ 248 milhões até novembro, o que compromete ainda mais sua operação.
A crise orçamentária tem levado a uma redução no número de funcionários e cortes em serviços básicos, como segurança e fornecimento de água e luz. A situação se agrava à medida que as universidades tentam se recuperar dos impactos financeiros dos últimos anos.
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