Irmão de Lula, Frei Chico, enfrenta novos desafios na CPI dos Aposentados

José Ferreira da Silva, conhecido como Frei Chico, irmão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, enfrenta novas investigações. Ele é alvo da oposição na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Aposentados, que deve ser instalada em breve. As acusações incluem desvio de dinheiro do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e recebimento de valores da empreiteira Odebrecht.

Frei Chico tem um histórico de problemas com a Justiça, incluindo investigações durante o regime militar. Ele foi monitorado por serviços de inteligência, que produziram mais de 150 relatórios sobre suas atividades. Em um deles, datado de 1984, ele é mencionado como membro do Partido Comunista Brasileiro (PCB), considerado ilegal na época. Relatórios também indicam que ele viajou a Moscou e Cuba, onde expressou admiração pelo regime cubano.

Durante a operação Lava-Jato, Frei Chico foi denunciado por supostamente receber entre R$ 3 mil e R$ 5 mil mensais da Odebrecht entre 2003 e 2015. Embora o processo tenha sido arquivado em 2022, as acusações causaram desgaste à imagem de Lula. Atualmente, Frei Chico é vice-presidente do Sindicato Nacional dos Aposentados e Pensionistas (Sindnapi), uma das entidades sob investigação por desvio de recursos destinados a aposentados.

O governo busca proteger Frei Chico na CPI dos Aposentados, que deve ser instalada no dia 17 de junho. A situação do irmão do presidente continua a gerar polêmica e preocupação entre os aliados de Lula.