Política

Prefeitura de São Paulo determina desocupação do Teatro de Contêiner até junho

Prefeitura de São Paulo notifica Companhia Mungunzá a desocupar Teatro de Contêiner, gerando polêmica sobre gentrificação na Luz.

O Teatro de Contêiner, na rua dos Gusmões, na Luz. (Foto: Mateus Araújo/UOL)

O Teatro de Contêiner, na rua dos Gusmões, na Luz. (Foto: Mateus Araújo/UOL)

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A Prefeitura de São Paulo notificou a Companhia Mungunzá para desocupar o Teatro de Contêiner, localizado na região da Luz, até 9 de junho. A administração municipal alega que o espaço será transformado em um hub de moradias sociais, gerando críticas sobre a gentrificação na área.

Integrantes da companhia, que atua no local desde 2016, consideram a decisão um passo para a elitização da região. O ator Leonardo Akio afirma que a presença do teatro, que promove atividades culturais e sociais, pode ter influenciado a notificação. Ele destaca que a mudança na dinâmica da região, com o fechamento de pequenos comércios e a saída do teatro, representa um processo de desapropriação.

A notificação extrajudicial foi enviada em 26 de maio pelo subprefeito da Sé, Marcelo Salles. O documento menciona que o espaço é estratégico para um novo programa habitacional. A Companhia Mungunzá tenta negociar sua permanência desde o ano passado, mas as conversas não avançaram. Akio afirma que o grupo deseja permanecer, pois seu trabalho está ligado ao território.

Reuniões e Propostas

A Prefeitura afirma ter convidado representantes do teatro para uma reunião, mas nenhum compareceu. A gestão municipal ressalta que o terreno será destinado a famílias cadastradas em serviços sociais. A Secretaria Municipal de Segurança também solicitou a área para uso da Guarda Civil Metropolitana (GCM), que considera o local estratégico para suas operações.

O Teatro de Contêiner foi construído com dez contêineres marítimos e recursos próprios, totalizando um investimento de R$ 250 mil. Desde sua criação, a companhia desenvolve oficinas e apresentações, além de parcerias com a prefeitura. Atualmente, há tendas da Secretaria Municipal da Saúde no local, atendendo a população da antiga "cracolândia".

A Companhia Mungunzá possui um contrato vigente com a Secretaria Municipal de Cultura e firmou um Termo de Fomento para um projeto artístico-cultural até dezembro de 2023. A situação do teatro continua em discussão, enquanto a prefeitura não detalha o projeto de moradia social para a área.

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