PSD busca ampliar influência com novas filiações de líderes regionais para 2026

O Partido Social Democrático (PSD) tem intensificado sua estratégia de crescimento político ao atrair líderes regionais, especialmente após a saída de figuras proeminentes do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), como Eduardo Leite e Raquel Lyra. Com essas filiações, o PSD espera aumentar seu número de prefeituras, superando a marca de mil cidades sob sua gestão.

O presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, está focado em expandir a influência do partido em estados como Alagoas e Mato Grosso do Sul. A recente adesão de Leite e Lyra é vista como um passo importante para fortalecer a presença do partido nas urnas em 2026. O PSD já conquistou 889 prefeituras nas eleições de 2024, mas a distribuição ainda é desigual entre os estados.

Expansão e Estratégia

Kassab tem delegado a liderança dos diretórios estaduais aos novos filiados, permitindo que eles conduzam as negociações para as próximas eleições. Essa abordagem visa aumentar a capilaridade do partido, especialmente em regiões onde a presença do PSD é mais fraca. No Rio Grande do Sul, por exemplo, o partido tinha apenas 12 prefeituras após a última eleição, enquanto o PSDB detinha 35.

Em Pernambuco, Raquel Lyra assumiu o diretório estadual do PSD, que anteriormente estava sob o comando do ministro da Pesca, André de Paula. Com sua filiação, o número de prefeitos do PSD no estado saltou de 20 para 65, atraindo ex-tucanos e outros políticos de diferentes legendas.

Futuras Apostas

Kassab também mira outros governadores, como Eduardo Riedel (PSDB) e Paulo Dantas (MDB), para fortalecer ainda mais o PSD. Riedel é o último governador tucano a permanecer no partido, enquanto Dantas foi recentemente filiado e colocado à frente do diretório estadual em Alagoas. O PSD busca organizar uma chapa competitiva após não ter eleito prefeitos em 102 municípios no ano passado.

A movimentação do PSD é vista como uma resposta à formação da "superfederação" entre União Brasil e Progressistas, que se tornou a maior bancada da Câmara. Kassab, ao ceder espaço para novos líderes, busca consolidar o partido como uma força política relevante em todo o Brasil.