Política

Relatório revela irregularidades em adoções internacionais na Suécia e propõe proibição

Irregularidades em adoções internacionais na Suécia levam governo a propor proibição total e pedir desculpas públicas aos afetados.

Bebês declarados mortos e pais que não deram consentimento: Suécia estuda proibir adoções internacionais. (Foto: Fabiano Rocha/Agência O Globo)

Bebês declarados mortos e pais que não deram consentimento: Suécia estuda proibir adoções internacionais. (Foto: Fabiano Rocha/Agência O Globo)

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Um relatório do governo sueco, divulgado nesta segunda-feira, expôs graves irregularidades em adoções internacionais, incluindo a falta de consentimento dos pais e a utilização de documentação falsa. O documento sugere a proibição total dessas adoções e um pedido de desculpas pública.

Desde a década de 1970, a Suécia adotou quase 60 mil crianças de diversos países, como Coreia do Sul, Índia e Colômbia. A relatora especial Anna Singer destacou que muitas crianças foram adotadas sem o consentimento adequado de seus pais, que muitas vezes não compreendiam a gravidade do processo. Além disso, casos de crianças declaradas mortas indevidamente foram identificados.

Deficiências na documentação sueca foram reveladas, com informações falsas sobre datas de nascimento e circunstâncias das adoções. A investigação confirmou uma dúzia de casos de tráfico de crianças, principalmente em adoções privadas no Sri Lanka, Colômbia, Polônia e China.

Durante uma reunião em Estocolmo, a ativista Lisa Gauffin Dahlin afirmou: “Imagine alguém apagando sua história. É uma ferida aberta.” A psicoterapeuta Hanna Wallensteen, adotada na Etiópia, ressaltou a importância de apoiar os adotados, que frequentemente enfrentam a perda de identidade e a falta de informações sobre suas origens.

A comissão de inquérito propôs que o Estado sueco reconheça as violações de direitos humanos ocorridas e que as adoções internacionais sejam interrompidas. Historicamente, a legislação sueca priorizou a facilitação dessas adoções, com organizações privadas atuando como intermediárias. Desde a década de 1980, o número de adoções internacionais na Suécia caiu drasticamente, de mais de 900 crianças em 1985 para apenas 14 em 2025.

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