Governo britânico ameaça processar Abramovich por fundos da venda do Chelsea

O governo britânico anunciou que pode processar Roman Abramovich, ex-proprietário do Chelsea, para liberar 2,5 bilhões de libras (R$ 19,1 bilhões) da venda do clube. Esses fundos estão congelados e devem ser destinados a ajudar as vítimas da guerra na Ucrânia. A ação é uma resposta à falta de acordo nas negociações com Abramovich.

Os ministros britânicos das Finanças, Rachel Reeves, e das Relações Exteriores, David Lammy, expressaram sua frustração em um comunicado conjunto. Eles afirmaram que o governo deseja que o dinheiro seja utilizado exclusivamente para apoiar as vítimas ucranianas, enquanto o oligarca russo propõe que os recursos sejam usados de forma mais ampla, incluindo vítimas russas do conflito.

Abramovich, que foi sancionado em março de 2022 devido à sua ligação com o presidente russo Vladimir Putin, vendeu o Chelsea em maio do mesmo ano. O novo consórcio, liderado pelo empresário americano Todd Boehly, adquiriu o clube, mas o valor da venda permanece em uma conta bancária britânica, sem que um acordo tenha sido alcançado até o momento.

“Embora a porta das negociações continue aberta, estamos preparados para levar o caso à Justiça, se necessário,” afirmaram Reeves e Lammy. O dinheiro só pode ser transferido com autorização do Escritório de Implementação de Sanções Financeiras (OFSI), subordinado ao Tesouro britânico.

Abramovich, de 58 anos, foi um dos principais responsáveis pelo sucesso do Chelsea entre 2003 e 2022, período em que o clube conquistou diversos títulos, incluindo cinco campeonatos ingleses e duas Liga dos Campeões.