Lula enfrenta queda de popularidade e busca recuperar apoio com novas medidas sociais

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva enfrenta uma alta desaprovação de 57%, conforme pesquisa Genial/Quaest divulgada em quatro de junho. A insatisfação é atribuída a escândalos de corrupção, como o desvio de aposentadorias no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Apesar de medidas recentes para melhorar a imagem do governo, como a isenção de contas de luz e programas de saúde, a desaprovação permanece elevada, especialmente entre os mais pobres.

Entre março e maio, a desaprovação do governo aumentou de 45% para 49% entre aqueles que ganham até dois salários mínimos. A aprovação caiu de 56% para 50% no mesmo grupo. Lula, pressionado pela situação, anunciou uma série de medidas populares, incluindo uma medida provisória que isenta do pagamento de conta de luz até 60 milhões de brasileiros, com custo anual de R$ 3,6 bilhões. Também foi lançado o programa “Agora Tem Especialistas”, que visa reduzir filas na saúde.

Críticas e Desafios

Analistas apontam que a corrupção e a falta de uma base aliada no Congresso são fatores que agravam a desaprovação. O colunista Carlos Andreazza destacou que a imagem do governo é afetada pela memória associada ao PT e aos escândalos de corrupção. A pesquisa também revelou que 48% dos brasileiros acreditam que a economia piorou, apesar de indicadores econômicos positivos.

Lula, em entrevista, afirmou que o governo está cumprindo suas promessas e que todos os dados são favoráveis. No entanto, a realidade é mais complexa, com a inflação ainda acima da meta e a falta de coordenação entre os ministros. A situação interna do governo é marcada por disputas e falta de unidade, dificultando a implementação de políticas eficazes.

Perspectivas Futuras

O presidente Lula se prepara para a eleição de 2026, buscando recuperar sua popularidade. Recentemente, ele afirmou estar motivado e preparado para a disputa. Contudo, a pesquisa Genial/Quaest mostra Lula em empate técnico com possíveis adversários, como Michelle Bolsonaro e Tarcísio de Freitas. A pressão por resultados concretos e a necessidade de uma liderança forte são evidentes, enquanto o governo tenta reverter a imagem negativa e fortalecer sua base de apoio.