Política

Agente da Abin revela à PF que espionagem contra Paraguai chegaria a Lula

Espionagem da Abin contra o Paraguai prossegue em 2023, com foco em informações do novo governo e tarifas da hidrelétrica de Itaipu.

Lula e o presidente do Paraguai, Santiago Peña, em evento do Mercosul, realizado no final do ano passado no Uruguai (Foto: Nicolás Celaya - 6.dez.25/Xinhua)

Lula e o presidente do Paraguai, Santiago Peña, em evento do Mercosul, realizado no final do ano passado no Uruguai (Foto: Nicolás Celaya - 6.dez.25/Xinhua)

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Um servidor da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) revelou à Polícia Federal que a espionagem contra o Paraguai, iniciada durante o governo Bolsonaro, continuou em 2023 sob a gestão de Luiz Inácio Lula da Silva. O objetivo era obter informações sobre o novo governo paraguaio e a tarifa da hidrelétrica de Itaipu.

O agente, que já havia prestado depoimento anteriormente, afirmou que documentos da operação seriam entregues ao presidente Lula pelo diretor da Abin, Luiz Fernando Corrêa. Em seu relato, o servidor mencionou que a ação de espionagem foi retomada em 2023 devido a mudanças na administração paraguaia, visando acessar dados dos novos integrantes do governo.

A Polícia Federal questionou o motivo da continuidade da operação, já que informações relevantes haviam sido obtidas em 2022. O agente respondeu que a nova fase, chamada "Operação Vórtex", buscava informações atualizadas sobre os novos ocupantes do governo paraguaio, que assumiram em agosto de 2023.

Documentos e Ações de Espionagem

Documentos obtidos pela PF indicam que a Abin executou uma fase da operação de espionagem antes da visita do ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, ao Paraguai em março de 2023. Um dos documentos apreendidos revela que o então chanceler paraguaio, Julio César Arriola, foi alvo da ação, com a Abin obtendo uma cópia antecipada de seu discurso.

Além disso, a Abin produziu um esquema gráfico em junho de 2023, detalhando as autoridades paraguaias envolvidas nas discussões sobre a tarifa da hidrelétrica. O Ministério das Relações Exteriores, em nota, atribuiu a operação ao governo Bolsonaro e afirmou que a suspensão ocorreu assim que a nova gestão tomou conhecimento.

Conflitos Internos na Abin

Nos bastidores da Abin, o indiciamento do diretor-geral da agência pela Polícia Federal, no caso da "Abin paralela", é visto como parte de uma disputa de poder entre o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, e o chefe da Abin. O relacionamento entre as duas instituições, historicamente tumultuado, é marcado por tentativas de influência na nomeação de cargos.

Servidores da Abin defendem que a liderança do órgão deve ser ocupada por um servidor de carreira, refletindo a insatisfação interna com a atual gestão. A situação continua a gerar tensões e questionamentos sobre a atuação da Abin em relação ao Paraguai e a transparência nas operações de inteligência.

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