18 de jun 2025

PL abre mão da relatoria da CPI do INSS em meio a conflitos internos na comissão
PL desiste da relatoria da CPI do INSS e busca garantir seis vagas na comissão, enquanto investigações sobre cobranças ilegais prosseguem.
Deputado Sóstenes Cavalcante (PL - RJ) (Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados)
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O PL, partido de Jair Bolsonaro, desistiu de disputar a relatoria da CPI do INSS, que investiga cobranças ilegais a aposentados e pensionistas. A decisão foi anunciada pelo líder da bancada na Câmara, Sóstenes Cavalcante. A relatoria será ocupada por um partido de centro, conforme indicado pelo presidente da CPI, Hugo Motta (Republicanos-PB).
Atualmente, o PL busca garantir seis vagas na CPI, sendo três titulares e três suplentes. A definição dos membros ocorrerá na próxima semana. A bancada enfrenta uma disputa interna, com nove parlamentares manifestando interesse pelas cinco vagas disponíveis. Entre os nomes mencionados estão as deputadas Bia Kicis (DF), Coronel Fernanda (MT) e Daniela Reinehr (SC), além dos deputados Zé Trovão (SP) e André Fernandes (CE).
A CPI é considerada um importante espaço de pressão sobre o governo, especialmente após a deflagração da "Operação Sem Desconto", que revelou que 4,2 milhões de aposentados e pensionistas foram vítimas de cobranças indevidas, totalizando mais de R$ 6 bilhões em irregularidades. O governo, inicialmente contrário à criação da CPI, mudou de postura após o avanço das tratativas.
Desdobramentos e Estratégias
A escolha do relator será crucial, uma vez que a presidência do colegiado será indicada pelo Senado. O presidente Davi Alcolumbre (União-AP) trabalha para que o senador Omar Aziz (PSD-AM) ocupe o cargo, uma decisão que atende a um pedido dos governistas por um perfil moderado.
A CPI do INSS, que deve iniciar seus trabalhos no segundo semestre, surge em um contexto de reestruturação da base aliada do governo. A estratégia de postergar a instalação da comissão visa minimizar o impacto político, semelhante ao que ocorreu no início de 2023 com a CPI dos atos golpistas de 8 de janeiro.
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