19 de jun 2025



Lula defende aumento do IOF e afirma que governo não deve recuar em medidas fiscais
Lula reafirma apoio ao aumento do IOF, enquanto Câmara avança em projeto para revogar decreto e pressiona governo por mudanças fiscais.

O presidente Lula em cerimônia no Palácio do Planalto; Ipec apontou deterioração da imagem do governo (Foto: Brenno Carvalho/Agência O Globo)
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu o decreto que aumentou o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), publicado na semana passada. A medida gerou críticas de parlamentares e reações negativas do mercado, intensificando a crise entre o governo e a Câmara dos Deputados. Na última segunda-feira, a Câmara aprovou a urgência para votar um projeto que visa revogar o decreto.
Lula afirmou em entrevista ao podcast Mano a Mano que o IOF proposto pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, é razoável e que a resistência é necessária. Não dá para ceder toda hora, disse o presidente. A gravação da entrevista ocorreu no último domingo, um dia antes da votação de urgência na Câmara.
Após as críticas, o governo já alterou o decreto três vezes. O primeiro, publicado em 22 de maio, elevou a alíquota de várias operações. No mesmo dia, houve um recuo na tributação das remessas de fundos ao exterior. A nova versão do decreto, divulgada na quarta-feira, recalibrou os valores do IOF, com a expectativa de reduzir a arrecadação de R$ 19,1 bilhões para entre R$ 6 bilhões e R$ 7 bilhões neste ano.
Desdobramentos na Câmara
Com a aprovação da urgência, o próximo passo é a votação do mérito do projeto que busca anular o decreto. A pressão sobre o governo aumenta, especialmente entre parlamentares da base aliada, que também expressaram descontentamento com o pacote fiscal. As reviravoltas em torno do IOF refletem a complexidade da situação fiscal do país e a necessidade de um equilíbrio entre arrecadação e desenvolvimento econômico.
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