20 de jun 2025


Ministro britânico intervém em caso de crianças brasileiras ameaçadas de deportação
Família brasileira aguarda decisão do Ministro da Imigração do Reino Unido sobre permanência de filho após divórcio dos pais.

Filhos de brasileiros são informados pelo Governo Britânico que devem deixar o país (Foto: Reprodução / Arquivo Pessoal)
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Os pais de duas crianças brasileiras, Hugo Barbosa e Ana Luiza Cabral Gouveia, foram informados que seu filho Guilherme, de 11 anos, deve deixar o Reino Unido, onde a família reside desde 2019. O caso agora está sob análise do Ministro da Imigração britânico, após pressão do parlamentar Steve Race e do Cônsul-Geral do Brasil.
Na manhã de sexta-feira (20), Hugo recebeu a atualização de Race, que está em contato com o Ministério do Interior. O parlamentar afirmou que o caso está sendo tratado diretamente pelo ministro e que a família deve ser informada em breve sobre os próximos passos. Hugo expressou esperança de que a pressão política leve a uma reconsideração da decisão.
Guilherme e seu irmão Luca, de 8 anos, cresceram no Reino Unido e não falam português. Após o divórcio dos pais, o Ministério do Interior determinou que Guilherme não pode mais permanecer no país. Luca também recebeu orientação para deixar o Reino Unido, mas ainda aguarda uma decisão final. A família se mudou para o Reino Unido em 2019, e os meninos nunca moraram no Brasil.
Hugo, que é professor na Universidade de Exeter, e Ana Luiza, enfermeira, possuem autorização legal para residir e trabalhar no país. No entanto, a situação de imigração das crianças foi afetada pelo divórcio. O pai tentou apelar da decisão, argumentando que os filhos estão adaptados ao Reino Unido e que um retorno ao Brasil prejudicaria seu desenvolvimento. A apelação foi negada, e o governo alegou que não havia "razões sérias e convincentes" para conceder a residência.
O Ministério do Interior também alertou que a permanência ilegal de Guilherme poderia resultar em detenção e processos judiciais. A carta oficial destaca que a necessidade de manter o controle da imigração é prioritária, mesmo que isso cause perturbações na vida familiar. A situação da família gerou repercussão na mídia, levando o Cônsul-Geral do Brasil a solicitar uma reunião com o Ministério do Interior para discutir o caso.
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