Política

Congresso intensifica crise e tenta desgastar governo em meio a turbulências

Congresso derruba aumento do IOF e aumenta Fundo Partidário, enquanto Lula tenta conter insatisfação com R$ 1,6 bilhão em emendas.

Palácio do Congresso Nacional, em Brasília (Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil)

Palácio do Congresso Nacional, em Brasília (Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil)

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Luiza Erundina, a primeira mulher eleita prefeita de São Paulo, enfrentou um dilema em seu governo nos anos 1980: como conceder aumento salarial a motoristas e cobradores sem elevar as passagens. Essa situação reflete a atual crise entre o governo Lula e o Congresso Nacional, que se intensifica com a recente votação para derrubar o aumento do IOF e aumentar o Fundo Partidário.

Na mesma semana, Lula liberou R$ 1,6 bilhão em emendas parlamentares, um movimento que muitos veem como uma tentativa de apaziguar a insatisfação no Congresso. O ex-ministro Ciro Nogueira declarou que o governo Lula 3 já está em declínio, sugerindo que a oposição planeja desgastar a administração até 2026, sem recorrer a um impeachment.

Tensão no Congresso

Os parlamentares, enquanto defendem cortes no orçamento, aumentam suas próprias despesas, como o número de deputados, que subiu de 513 para 531. Essa contradição revela um fisiologismo que permeia a política brasileira, onde interesses individuais prevalecem sobre o bem comum. Fernando Haddad, ministro da Fazenda e ex-colaborador de Erundina, saiu de férias em meio a essa turbulência, enquanto Lula se reunia com líderes internacionais.

O ex-presidente da Câmara, Arthur Lira, voltou a ser uma figura central, especialmente após a liberação de emendas que beneficiaram seu estado, Alagoas. O novo presidente da Câmara, Hugo Motta, é visto como uma continuidade do coronelismo político, simbolizando a falta de renovação real no cenário político.

O cenário atual

A relação entre o governo e o Congresso está marcada por um jogo de poder, onde o centrão e os lobbies dominam as decisões. Lula afirmou que não cederá às pressões do Congresso sobre o IOF, destacando a fragilidade de sua posição. O governo enfrenta um momento crítico, com a dificuldade de impor sua agenda econômica em um cenário de baixa popularidade.

A situação atual é um reflexo de um sistema político que, segundo analistas, se distancia cada vez mais das necessidades da população. O que se observa é uma luta interna que pode impactar as eleições de 2026, enquanto o governo tenta se manter à tona em meio a um mar de desafios.

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