24 de jun 2025



Milei nega auxílio a cidade argentina devastada por inundações recentes
Presidente Javier Milei veta fundo de 200 bilhões de pesos para reconstrução de Bahía Blanca, gerando críticas da oposição e preocupações sobre assistência.

Pessoas que tiveram suas casas inundadas tentam salvar alguns pertences, em Bahia Blanca, na Argentina (Foto: AFP)
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O presidente argentino, Javier Milei, vetou uma lei que estabelecia um fundo de 200 bilhões de pesos para a reconstrução de Bahía Blanca, cidade que enfrentou inundações devastadoras em março, resultando em 18 mortes e danos estimados em US$ 400 milhões. O veto foi publicado no Diário Oficial nesta terça-feira, 24 de outubro.
A decisão de Milei se baseou na falta de clareza sobre a origem dos recursos para o fundo, o que contraria a política de equilíbrio fiscal do governo. O Executivo já havia prestado assistência a cerca de 32 mil desabrigados por meio de um pagamento único, que variou até US$ 2.500 (cerca de R$ 13,7 mil). O porta-voz presidencial, Manuel Adorni, afirmou que a nova lei "se sobrepõe aos recursos já transferidos".
Críticas ao Veto
Partidos da oposição criticaram o veto, considerando-o uma atitude "cruel" diante da tragédia. A lei vetada havia sido aprovada por uma ampla maioria no Congresso, com 153 votos a favor e 32 contrários, todos do partido governista Liberdade Avança. As medidas incluíam subsídios, créditos facilitados e isenções de impostos para as vítimas das inundações.
As inundações em Bahía Blanca foram causadas por chuvas torrenciais que, em apenas oito horas, superaram a média anual de precipitação da cidade, que tem 350 mil habitantes. O desastre fez transbordar riachos e destruiu infraestrutura, deixando um rastro de destruição e dor. O governo federal decretou três dias de luto nacional e enviou o Exército para auxiliar nas operações de socorro. A visita de Milei à área, realizada cinco dias após a tragédia, foi alvo de críticas pela demora em sua resposta.
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