25 de jun 2025

Governo intensifica pressão sobre Congresso com novo plano de contingenciamento
Governo Lula teme cortes de R$ 12 bilhões em áreas sociais após revogação do aumento do IOF, complicando ainda mais a situação fiscal.

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB) (Foto: WILTON JUNIOR/ESTADÃO CONTEÚDO)
Ouvir a notícia:
Governo intensifica pressão sobre Congresso com novo plano de contingenciamento
Ouvir a notícia
Governo intensifica pressão sobre Congresso com novo plano de contingenciamento - Governo intensifica pressão sobre Congresso com novo plano de contingenciamento
O governo Lula enfrenta um novo desafio fiscal com a decisão do presidente da Câmara, Hugo Motta, de pautar um Projeto de Decreto Legislativo (PDL) que revoga o aumento do IOF. Essa ação surpreendeu o Planalto, que teme um novo contingenciamento de R$ 12 bilhões em gastos sociais, complicando ainda mais a situação financeira do país.
A revogação do aumento do IOF é vista como uma ameaça ao equilíbrio fiscal, especialmente após o recente congelamento de R$ 31,3 bilhões em despesas. O governo argumenta que a revogação forçará um novo bloqueio de gastos, afetando áreas essenciais como saúde, educação e programas sociais. O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias, destacou que a derrubada do decreto resultará em cortes significativos, afirmando que "vai cortar da saúde, da educação, do Minha Casa, Minha Vida".
Reuniões e Estratégias
Em resposta à situação, a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, convocou lideranças da base aliada para discutir estratégias. Participaram da reunião Lindbergh, Jaques Wagner, José Guimarães e Antônio Brito, além do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e do ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa. Apesar dos esforços, governistas admitem que a situação no Senado, antes considerada favorável, também se complicou.
A votação do regime de urgência na Câmara, realizada no último dia 16, resultou em uma derrota significativa para o governo, com 346 votos a favor e apenas 97 contra. Essa tendência desfavorável levanta preocupações sobre a viabilidade de reverter a situação. Lula expressou seu desconforto com o cenário e defendeu a gestão de Haddad, enfatizando a necessidade de priorizar os interesses do país.
Expectativas Futuras
Embora o Planalto e o Ministério da Fazenda ainda não tenham apresentado cálculos detalhados sobre os impactos financeiros, há expectativa de um novo anúncio em três meses. A situação fiscal do governo Lula continua a ser um tema crítico, com a possibilidade de novos cortes em áreas sensíveis, caso a revogação do aumento do IOF seja aprovada.
Perguntas Relacionadas
Comentários
Os comentários não representam a opinião do Portal Tela;
a responsabilidade é do autor da mensagem.