Política

Congresso bloqueia ajustes e ignora demandas da população brasileira

Senado aprova aumento de deputados e rejeita cortes fiscais, enquanto governo enfrenta resistência em medidas de austeridade.

Hugo Motta em sessão plenária na Câmara no projeto que cancela decreto do governo que elevou o IOF. (Foto: Brenno Carvalho / Agência O Globo)

Hugo Motta em sessão plenária na Câmara no projeto que cancela decreto do governo que elevou o IOF. (Foto: Brenno Carvalho / Agência O Globo)

Ouvir a notícia

Congresso bloqueia ajustes e ignora demandas da população brasileira - Congresso bloqueia ajustes e ignora demandas da população brasileira

0:000:00

O Congresso Nacional do Brasil enfrenta um cenário desafiador em relação à responsabilidade fiscal. Recentemente, o Senado aprovou um projeto que aumenta o número de deputados de 513 para 531, enquanto derrubou um Projeto de Decreto Legislativo (PDL) que visava aumentar o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Essas decisões levantam questionamentos sobre a seriedade do Parlamento em promover um ajuste fiscal.

A ampliação da Câmara pode gerar um custo adicional de R$ 750 milhões anuais, incluindo emendas parlamentares. Essa ação contrasta com a necessidade urgente de austeridade fiscal, especialmente em um momento em que o governo busca controlar a carga tributária. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tem enfrentado resistência em sua proposta de cortes de despesas.

O Congresso já havia sinalizado a intenção de reduzir 10% das despesas com benefícios fiscais, mas na primeira reunião, rejeitou cortes na Zona Franca de Manaus e no Simples, que representam as maiores despesas. O economista Samuel Pessôa, do FGV Ibre, destaca a dificuldade do Congresso em dizer "não" a pautas corporativas, o que tem dificultado o ajuste fiscal necessário.

Além disso, o governo propôs acabar com os supersalários e revisar a aposentadoria dos militares, mas essas iniciativas não avançaram. O Benefício de Prestação Continuada (BPC), que atende a pessoas vulneráveis, também não recebeu a atenção necessária, apesar do aumento significativo nos gastos com o programa, que saltaram de R$ 50 bilhões em 2010 para R$ 111 bilhões em 2024.

A situação atual reflete um impasse entre o Executivo e o Legislativo, com o governo pressionando por cortes e o Congresso resistindo a mudanças. O cenário é de um verdadeiro cabo de guerra, onde a urgência de ações efetivas se torna cada vez mais evidente, mas a inação persiste.

Meu Tela
Descubra mais com asperguntas relacionadas
crie uma conta e explore as notícias de forma gratuita.acessar o meu tela

Perguntas Relacionadas

Participe da comunidadecomentando
Faça o login e comente as notícias de forma totalmente gratuita
No Portal Tela, você pode conferir comentários e opiniões de outros membros da comunidade.acessar o meu tela

Comentários

Os comentários não representam a opinião do Portal Tela;
a responsabilidade é do autor da mensagem.

Meu Tela

Priorize os conteúdos mais relevantes para você

Experimente o Meu Tela

Crie sua conta e desbloqueie uma experiência personalizada.


No Meu Tela, o conteúdo é definido de acordo com o que é mais relevante para você.

Acessar o Meu Tela