26 de jun 2025


Governo Lula busca incluir automóveis e açúcar nas negociações do Mercosul
Brasil propõe inclusão gradual dos setores automotivo e açucareiro no Mercosul durante cúpula em Buenos Aires nos dias 2 e 3 de novembro.

Da esquerda para a direita: Javier Milei (Argentina); Luis Lacalle Pou (Uruguai); a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen (ao centro); Luiz Inácio Lula da Silva (Brasil), e Santiago Peña (Paraguai), posam para a foto oficial da LXV Cúpula do Mercosul em Montevidéu (Foto: Eitan Abramovich/AFP)
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O Brasil, ao assumir a presidência pro tempore do Mercosul, buscará incluir os setores automotivo e açucareiro nas regras do bloco. A proposta será discutida na cúpula de presidentes, que ocorrerá nos dias 2 e 3 de novembro, em Buenos Aires. Esses setores, que nunca fizeram parte da Tarifa Externa Comum (TEC) em 34 anos de existência do Mercosul, são considerados sensíveis e a inclusão será gradual.
Francisco Canabrava, diretor do Departamento do Mercosul do Itamaraty, destacou que a exclusão desses setores ocorreu por razões específicas. Ele afirmou que o Brasil está comprometido em trabalhar de forma gradual, sem perder o foco na integração. Atualmente, o comércio de automóveis é restrito principalmente entre Brasil e Argentina, que operam com acordos de cotas. A alíquota de importação para veículos é de 35%, mas uma quantidade limitada pode entrar sem essa taxa.
Integração das Cadeias Produtivas
No que diz respeito ao açúcar, a proposta envolve a integração das cadeias produtivas de todos os países do Mercosul, incluindo produtos como massas e biscoitos. Canabrava enfatizou que o objetivo é estabelecer parâmetros que protejam os produtores locais, evitando prejuízos. A sensibilidade dos parceiros do Mercosul em relação a esses setores é reconhecida, e o Brasil não pretende excluir os agricultores locais.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegará a Buenos Aires na noite da próxima quarta-feira e retornará ao Brasil no dia seguinte, após as reuniões. A presidência pro tempore do Mercosul, atualmente com a Argentina, será transferida para o Brasil na próxima semana, quando Lula receberá o mandato do presidente argentino, Javier Milei.
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