26 de jun 2025




Lula avalia ação no STF para reverter derrubada do IOF e evitar novas derrotas
Governo Lula avalia consequências políticas após Congresso derrubar decreto do IOF, com risco de intensificar crise entre os Poderes.

Ex-ministro José Eduardo Cardozo, em 2016. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
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O governo Lula enfrenta um novo desafio após o Congresso Nacional derrubar o decreto que aumentava o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). A decisão, considerada inconstitucional por figuras do governo, levanta questões sobre a separação de poderes e a autonomia do Executivo.
José Eduardo Cardozo, ex-ministro da Advocacia-Geral da União, argumenta que o Legislativo ultrapassou suas competências ao sustar o decreto. Ele afirma que o Congresso não pode reavaliar atos do Executivo, o que caracteriza uma violação ao princípio da separação de poderes. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também se posicionou, afirmando que a decisão é "flagrantemente inconstitucional".
Análise Jurídica e Política
A Advocacia-Geral da União (AGU) está avaliando as implicações jurídicas da decisão do Congresso. O advogado-geral da União, Jorge Messias, informou que ainda não há uma decisão sobre um possível recurso ao Supremo Tribunal Federal (STF). A AGU deve divulgar os desdobramentos no momento apropriado.
Embora a análise jurídica indique que o governo pode ter respaldo para contestar a decisão, o risco político de acionar o STF é significativo. A relação entre o Executivo e o Legislativo já está tensa, e um novo confronto pode impactar votações futuras, como a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até cinco mil reais.
Consequências para o Governo
A derrubada do decreto do IOF representa uma derrota para o governo, evidenciando a fragilidade da base de apoio de Lula no Congresso. A votação, que contou com o apoio de partidos aliados, levanta preocupações sobre a capacidade do governo de aprovar medidas essenciais no futuro.
Ministros do governo, como Rui Costa e Gleisi Hoffmann, apoiam a ideia de judicializar a questão, enquanto outros alertam para os riscos de intensificar a crise entre os poderes. A situação é delicada, com a pressão crescente para que o governo encontre soluções que evitem cortes em programas sociais e garantam a estabilidade política.
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