27 de jun 2025




Haddad afirma que ajuste fiscal deve incluir combate à desigualdade social no Brasil
Haddad defende ajuste fiscal sem penalizar os pobres e critica derrubada do aumento do IOF, que poderia arrecadar R$ 10 bilhões.

Fernando Haddad, Ministro da Fazenda do Governo Lula (Foto: Brenno Carvalho/Agência O Globo)
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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o ajuste fiscal no Brasil deve ser realizado sem penalizar os mais pobres. Durante uma aula na Faculdade de Direito da USP, ele destacou que, historicamente, ajustes fiscais resultam em cortes de direitos sociais. Haddad questionou: "Quem vai pagar essa conta?", apontando que, em geral, são os trabalhadores de baixa renda, aposentados e servidores públicos que arcam com o peso das medidas fiscais.
O ministro criticou a recente derrubada do decreto que aumentava o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) pelo Congresso, uma medida que poderia gerar R$ 10 bilhões em arrecadação. Essa decisão intensificou a tensão entre o Executivo e o Legislativo, com líderes parlamentares sugerindo um possível rompimento com o governo. Essa foi a primeira vez desde 1992 que um decreto presidencial foi barrado pelo Congresso, resultando em uma derrota significativa para o governo Lula.
Desigualdade Fiscal
Haddad ressaltou que as renúncias fiscais no Brasil somam cerca de R$ 800 bilhões, enquanto os mais pobres são os que mais suportam a carga tributária. Ele comparou a situação a um condomínio, onde os ricos não pagam sua parte. O ministro enfatizou a necessidade de um ajuste fiscal que atinja aqueles que concentram renda, referindo-se à "turma da cobertura".
Após a derrota no Congresso, o governo planeja recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar reverter a decisão. Haddad alertou que, sem um processo transformador, forças obscurantistas podem causar danos ao país. Ele reiterou a importância de olhar para aqueles que historicamente não contribuem com a sociedade, em vez de onerar ainda mais os que já enfrentam dificuldades.
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