Bolsonaro e Malafaia atraem 12,4 mil pessoas em ato na Avenida Paulista

A manifestação convocada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na Avenida Paulista, em São Paulo, neste domingo, reuniu 12,4 mil participantes, segundo estimativas do grupo de pesquisa "Monitor do debate político". O evento, que ocorreu por volta das 15h40, teve como tema "Justiça Já" e contou com a presença de líderes evangélicos.

A contagem foi realizada pelo Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap) e pela Universidade de São Paulo (USP), utilizando tecnologia de contagem de público. A margem de erro é de 1,5 mil pessoas. O número de participantes foi significativamente menor em comparação a manifestações anteriores, como a de 6 de abril, que atraiu 44,9 mil pessoas.

Redução de Público

Durante o evento, o senador Flávio Bolsonaro e o pastor Silas Malafaia minimizaram a queda no número de participantes. Flávio destacou a importância da mensagem ser disseminada pelas redes sociais, enquanto Malafaia afirmou que o presidente Lula não consegue reunir nem metade desse público. O deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) também comentou sobre a quantidade de pessoas presentes, atribuindo a redução a fatores como jogos de futebol e o fim do mês.

O protesto foi impulsionado por diversas lideranças evangélicas, que pediram mais ação do que apenas orações. A mobilização ocorre em um contexto de crescente pressão sobre o STF, com Bolsonaro e outros aliados enfrentando investigações relacionadas aos eventos de 8 de janeiro.

Metodologia de Contagem

Para a contagem do público, os pesquisadores utilizaram ferramentas de inteligência artificial, analisando fotografias aéreas da manifestação. Um software desenvolvido em colaboração com acadêmicos chineses apresentou uma precisão de 72,9% na identificação de indivíduos. O método já foi aplicado em outras manifestações bolsonaristas, como a de 16 de março, que contou com 18,3 mil pessoas.

Bolsonaro, apesar de sua inelegibilidade e riscos legais, continua a se posicionar como candidato à presidência em 2026, desafiando outros políticos de direita. O ex-presidente tem utilizado eventos como o feriado da Independência para mobilizar seus apoiadores, mantendo sua presença no cenário político brasileiro.