Política

Aliado de Bolsonaro complica articulações de Castro para 2026 no Rio de Janeiro

Washington Reis enfrenta crise política após desmentido do governador sobre tarifa do metrô e busca apoio para sua candidatura ao Senado.

O ex-presidente Jair Bolsonaro ao lado de Washington Reis durante campanha em Duque de Caxias, em 2022 (Foto: Eduardo Anizelli - 14.out.22/Folhapress)

O ex-presidente Jair Bolsonaro ao lado de Washington Reis durante campanha em Duque de Caxias, em 2022 (Foto: Eduardo Anizelli - 14.out.22/Folhapress)

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O secretário de Transportes do Rio de Janeiro, Washington Reis (MDB), está em meio a tensões com o governador Cláudio Castro (PL) enquanto tenta viabilizar sua candidatura ao governo em 2026. Reis, que enfrenta inelegibilidade devido a uma condenação por crime ambiental, busca apoio político em um cenário conturbado.

Recentemente, Reis anunciou uma redução na tarifa do metrô de R$ 7,90 para R$ 4,70, mas foi desmentido por Castro, gerando mal-estar na base governista. A situação se agravou quando deputados da base pediram a exoneração do secretário. Reis minimizou o incidente, afirmando que mantém uma relação profissional com o governador.

Atritos e Alianças

A relação entre Reis e Castro se complica ainda mais com a aproximação do secretário ao prefeito Eduardo Paes (PSD). Paes considera Reis como um potencial candidato ao Senado, embora Reis não tenha confirmado publicamente essa possibilidade. A articulação política de Reis pode dividir o bolsonarismo no estado, especialmente com a candidatura do deputado Rodrigo Bacellar (União Brasil), próximo de Bolsonaro.

Reis, que já foi cogitado para ser vice na chapa de Castro em 2022, acumula diversas acusações, incluindo fraude em escrituras e supressão de mata nativa. Apesar disso, ele se mantém ativo na política, buscando reverter sua inelegibilidade. O ministro do STF Gilmar Mendes indicou que o pedido de Reis é plausível, o que pode abrir novas possibilidades para sua carreira política.

Conflitos Internos

A tensão entre Reis e Bacellar se intensificou na Assembleia Legislativa, onde ambos discutiram a convocação de Reis para esclarecer a questão da tarifa do metrô. Bacellar criticou a influência de Reis, afirmando que o tempo de seu irmão mandando no estado havia acabado.

A situação de Reis reflete um jogo político complexo, onde ele tenta equilibrar sua posição no governo com suas ambições pessoais. A proximidade com Paes pode levá-lo a um alinhamento inesperado com o governo federal, enquanto enfrenta desafios internos significativos.

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