Política

Lula intensifica discurso à esquerda para conquistar periferias até 2026

Lula propõe aumento de impostos para os ricos e foca em comunidades carentes, enquanto enfrenta pressão do Congresso por cortes de gastos.

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa da Cerimônia de Anúncio da Solução Habitacional para a Favela do Moinho, em São Paulo (Foto: Maria Isabel Oliveira / O Globo)

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa da Cerimônia de Anúncio da Solução Habitacional para a Favela do Moinho, em São Paulo (Foto: Maria Isabel Oliveira / O Globo)

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Enquanto enfrenta uma crise política em seu terceiro mandato, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu alterar seu discurso e intensificar sua presença em comunidades carentes. A proposta de aumentar impostos sobre os mais ricos visa beneficiar os pobres, distanciando-se da agenda de cortes de gastos defendida por aliados.

Na quinta-feira, Lula visitou a Favela do Moinho, em São Paulo, onde anunciou a compra de moradias para os moradores. O evento, realizado em uma quadra de esportes, foi marcado pela ausência de palanque, permitindo um contato mais próximo com a população. As imagens da visita foram amplamente divulgadas nas redes sociais.

Em um discurso no Tocantins, o presidente reconheceu que parte da população pode não apoiá-lo devido ao projeto que eleva o Imposto de Renda para os mais ricos, enquanto isenta quem ganha até R$ 5 mil mensais. Lula reafirmou seu compromisso com o “povo trabalhador, dos professores e da classe média baixa”.

Estratégia Eleitoral

A estratégia de Lula inclui participar de eventos populares, como a comemoração da Independência da Bahia. O governo está avaliando outras viagens semelhantes, enquanto o ritmo das viagens internacionais deve ser reduzido, focando apenas em compromissos essenciais, como a Cúpula do Mercosul.

Apesar da pressão do Congresso para apresentar propostas que contenham gastos, o governo evita compromissos firmes. Especialistas criticam a falta de discussões sobre a crise fiscal, apontando que a solução pode não vir apenas do aumento da carga tributária. Dados do Banco Central indicam que a arrecadação do governo atingiu R$ 1,2 trilhão entre janeiro e maio, um recorde para o período.

A economista Zeina Latif alerta que a situação fiscal é crítica e que o governo precisará implementar cortes significativos. A resistência em discutir a crise fiscal pode comprometer a governabilidade, especialmente após a derrota na votação do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). A condução econômica do governo é vista como um fator que pode impactar negativamente sua relação com o Congresso.

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