30 de jun 2025




Motta nega traição ao governo e defende derrubada do decreto do IOF
Câmara derruba decretos que aumentavam o IOF, impactando arrecadação e meta fiscal do governo Lula. A votação teve ampla aprovação.

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), durante a ordem do dia da sessão plenária da quarta-feira, 25 de junho de 2025, que chamou à pauta o PDL (projeto de decreto legislativo) que susta os efeitos dos decretos do governo Lula que aumentam o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Por 383 votos a 98, o plenário da Câmara aprovou na noite da quarta, 25, o projeto de decreto do governo que elevava o IOF. (Foto: Wilton Junior/Estadão Conteúdo)
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O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), anunciou a derrubada de três decretos do governo Lula que aumentavam o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). A votação, realizada na última segunda-feira (30), surpreendeu o Palácio do Planalto e resultou em 383 votos a favor da derrubada, com apenas 98 contrários.
Motta, em suas redes sociais, negou qualquer traição ao governo, afirmando que já havia alertado sobre a dificuldade de aprovação do aumento do tributo. Ele destacou que a decisão foi uma resposta à insatisfação do Congresso com os constantes aumentos de impostos. "Quem alimenta o nós contra eles acaba governando contra todos", declarou, enfatizando a necessidade de uma governança que atenda ao país como um todo.
A votação foi rápida e contou com apoio de deputados de diversos partidos, incluindo aqueles que ocupam ministérios no governo. O resultado representa uma derrota significativa para Lula, que esperava arrecadar R$ 10 bilhões em 2023 e R$ 20 bilhões em 2024 com o aumento do IOF. A derrubada dos decretos compromete a meta de superávit fiscal de R$ 30 bilhões para este ano.
Polarização e Governabilidade
Motta criticou a polarização política que, segundo ele, tem cansado a população. Ele ressaltou que a Câmara também aprovou outras propostas importantes no mesmo dia, como a medida que libera R$ 15 bilhões para habitação social. O presidente da Câmara se posicionou como alguém que não hesita em criticar ideias prejudiciais ao Brasil, afirmando que sua função é servir ao país, não a partidos.
Após a votação, o governo Lula ordenou à Advocacia-Geral da União que elabore recursos ao Supremo Tribunal Federal para tentar reverter a decisão. Essa ação gerou preocupações sobre a judicialização da questão e suas possíveis consequências políticas, especialmente em um momento de crescente tensão entre o Executivo e o Legislativo.
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