30 de jun 2025

Trump encerra contratos com a editora Springer Nature em nova reestruturação
Governo dos EUA encerra contratos com a Springer Nature, restringindo o acesso a mais de 3.000 periódicos e levantando preocupações sobre a pesquisa científica.

Agências governamentais assinam periódicos acadêmicos para ajudar seus membros a avaliar projetos de pesquisa para financiamento e conduzir seus próprios estudos. (Foto: Getty)
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O governo dos EUA, sob a administração de Donald Trump, cortou recentemente contratos com a editora Springer Nature, resultando na perda de acesso a mais de 3.000 periódicos, incluindo a renomada revista Nature. As agências afetadas, como o Departamento de Agricultura (USDA) e o Departamento de Energia (DOE), encerraram contratos que totalizavam US$ 3 milhões.
Essas decisões ocorrem em meio a críticas de altos funcionários do governo sobre publicações acadêmicas. O Departamento de Saúde e Serviços Humanos (HHS) afirmou que todos os contratos com a Springer Nature foram cancelados, alegando que "dólares de impostos não devem ser usados em assinaturas de ciência de baixa qualidade". A falta de clareza sobre quais publicações foram consideradas "junk science" gerou questionamentos.
Repercussões nas Agências
O National Institutes of Health (NIH), maior financiador de ciência biomédica do mundo, inicialmente confirmou que suas assinaturas estavam ativas. Contudo, horas depois, um porta-voz do HHS declarou que todos os contratos com a Springer Nature estavam encerrados. O NIH não respondeu se cortaria contratos com outras editoras acadêmicas.
A editora Springer Nature, por sua vez, afirmou que mantém boas relações com agências federais dos EUA e não comenta sobre contratos individuais. O banco de dados de gastos do governo, USASpending.gov, não mostra rescisões de contratos do NIH ou do HHS até o momento.
Críticas e Implicações
Ivan Oransky, especialista em publicações acadêmicas, questionou a justificativa para os cortes, destacando que muitos periódicos da Springer Nature são considerados prestigiados. Recentemente, o secretário de Saúde, Robert F. Kennedy Jr., criticou revistas médicas, chamando-as de "corruptas" e insinuando vínculos com empresas farmacêuticas.
Essas ações levantam preocupações sobre a liberdade acadêmica e o acesso à pesquisa científica, especialmente em um momento em que a transparência e a replicabilidade são essenciais para a integridade da ciência.
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