30 de jun 2025

Trump propõe orçamento que prejudica energia limpa e investimento em IA nos EUA
Projeto de lei de Trump pode elevar custos de energia em até 20% e favorecer combustíveis fósseis, gerando descontentamento popular.

Donald Trump: presidente dos EUA (Foto: Ludovic MARIN/AFP)
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Em um cenário de crescente demanda por energia, o projeto de lei orçamentário de Donald Trump, denominado "One Big Beautiful Bill", levanta polêmica ao propor um imposto sobre energias renováveis. Essa medida, que pode aumentar os custos de 10% a 20%, é vista como um retrocesso em um momento em que o consumo global de energia está em alta, impulsionado pelo crescimento econômico de países como China e Índia.
A proposta, atualmente em discussão no Senado, não apenas elimina subsídios para energias solar e eólica, mas também taxaria fontes como energia nuclear e geotérmica, enquanto subsidia o carvão. Críticos argumentam que isso favorece a indústria de combustíveis fósseis e pode resultar em um aumento significativo nas contas de eletricidade para os americanos. Michael Thomas, da Clearview Energy, estima que mais de 500 gigawatts de fornecimento de energia podem ser cancelados, especialmente em estados como Oklahoma e Texas, onde os custos podem subir até 18% até 2035.
Implicações da Proposta
A proposta de Trump visa promover a produção doméstica e reduzir a dependência de materiais chineses. No entanto, a complexidade das exigências pode inviabilizar projetos de energia renovável já existentes. A expansão da energia solar e do armazenamento em baterias, que ajudaram a evitar blecautes no Texas, é ignorada pela política atual. Pesquisas de opinião indicam que o projeto é amplamente impopular, mesmo entre a base eleitoral do presidente.
Além disso, a recente parceria entre a Palantir Technologies e a Nuclear Company busca utilizar inteligência artificial para acelerar a construção de usinas nucleares, competindo com a crescente concorrência chinesa. Trump já assinou ordens executivas para a construção de 10 reatores nucleares até 2030, com o objetivo de expandir a capacidade nuclear dos EUA. Contudo, o foco atual parece estar mais em desestimular as energias renováveis do que em desenvolver novas tecnologias de energia.
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