01 de jul 2025


Câmara critica governo por ação no STF e classifica como 'declaração de guerra'
Lula judicializa decreto do IOF, intensificando tensões com a Câmara dos Deputados e provocando reações de apoio e oposição no Legislativo.

O presidente Lula em evento do Plano Safra (Foto: Cristiano Mariz)
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Líderes da Câmara dos Deputados expressaram forte descontentamento após o governo de Luiz Inácio Lula da Silva decidir judicializar a derrubada do decreto que aumentava o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). A ação, protocolada no Supremo Tribunal Federal (STF), foi considerada uma "declaração de guerra" ao Legislativo. O líder do Republicanos, Gilberto Abramo, afirmou que a medida é um "tiro no pé" e que o governo está criando um ambiente político mais hostil.
A decisão de Lula de recorrer ao STF ocorreu após a Câmara ter derrubado o decreto, o que, segundo Abramo, representa um erro estratégico do governo. O líder do PDT, Mário Heringer, alertou que a tensão pode resultar em retaliações e sugeriu que o presidente deveria se engajar mais diretamente com os deputados. A comunicação entre os líderes está sendo feita principalmente por um grupo no WhatsApp, enquanto alguns parlamentares participam de um evento em Lisboa.
Reações e Consequências
No grupo de WhatsApp, líderes do PT e do PSOL manifestaram apoio à decisão de Lula, enquanto a oposição se prepara para usar o episódio para criticar o governo. O líder do PL, Sóstenes Cavalcante, destacou que o governo "tirou a máscara" e expôs uma postura de "crueldade tributária", afirmando que a situação pode se agravar ainda mais.
Em um evento no Palácio do Planalto, o vice-presidente, Geraldo Alckmin, defendeu a importância do diálogo e acredita que a relação entre o governo e o Legislativo pode ser distensionada. Ele afirmou que o diálogo é um bom caminho e que não acredita que a judicialização acirrar os ânimos. A situação continua a evoluir, com os líderes da Câmara monitorando de perto os desdobramentos da ação judicial.
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