Lula critica Bolsonaro por anistia e destaca compromisso com a justiça

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) durante o lançamento do Plano Safra 2025/2026, realizado nesta terça-feira (1º) no Palácio do Planalto. Lula afirmou que jamais pedirá anistia antes de ser condenado, em resposta aos pedidos de Bolsonaro para anistiar os investigados pelos atos golpistas de 8 de janeiro.

O novo plano destina R$ 516,2 bilhões ao setor agropecuário, um aumento de R$ 8 bilhões em relação ao ciclo anterior. No entanto, considerando a inflação, o valor é cerca de 4% menor que o do ano passado, segundo estimativas. O presidente destacou que a concessão de crédito de custeio agora exigirá o Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc), que antes se aplicava apenas a pequenos produtores.

Lula também aproveitou a ocasião para criticar a gestão de Bolsonaro, afirmando que "quem é frouxo não deveria fazer bobagem". O ex-presidente enfrenta acusações no Supremo Tribunal Federal (STF) por sua suposta participação em uma trama para impedir a posse de Lula. O evento contou com a presença de ministros como Carlos Fávaro (Agricultura) e Fernando Haddad (Fazenda), que reforçaram a seriedade do novo plano.

Críticas à Gestão Anterior

Durante seu discurso, Lula mencionou que "ninguém cobrava responsabilidade fiscal" no governo anterior, ressaltando o preço que o atual governo paga por sua honestidade fiscal. O ministro Haddad também criticou Bolsonaro, afirmando que ele não tem moral para discutir questões tributárias, dado que não reajustou a tabela do Imposto de Renda.

O lançamento do Plano Safra, que se estenderá por dois dias, visa atender tanto a agricultura familiar quanto a empresarial. As declarações de Lula e seus ministros refletem um esforço para consolidar a imagem de um governo comprometido com a responsabilidade fiscal e a transparência, em contraste com a administração anterior.