Ricos reagem à compensação da isenção do IR, afirma Lula sobre a rebelião

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou, nesta terça-feira, 1, a isenção do Imposto de Renda (IR) para quem ganha até R$ 5 mil. Durante a cerimônia de lançamento do Plano Safra 2025/2026, Lula afirmou que seu governo busca diminuir privilégios para garantir direitos a todos. Ele destacou que a resistência à proposta é uma "rebelião dos mais ricos".

Na semana passada, o governo enfrentou uma derrota significativa com a derrubada do decreto que aumentava o IOF. A Advocacia-Geral da União (AGU) recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF) para reverter essa decisão, argumentando que o Congresso não poderia anular a medida. Lula criticou a chamada "indústria de lobby" e defendeu uma tributação mais justa, negando que sua administração esteja aumentando a carga tributária.

Críticas e Propostas

O presidente também se manifestou contra a desoneração da folha de pagamentos de 17 setores, questionando os benefícios dessa prática. Ele elogiou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e criticou a gestão anterior, liderada por Paulo Guedes, por não cobrar estabilidade fiscal. Lula afirmou que a carga tributária atual é menor do que em 2011.

No que diz respeito ao Plano Safra 2025/2026, o governo destinará R$ 516,2 bilhões para financiamento agrícola, um aumento de 1,5% em relação à temporada anterior. O plano inclui recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), com R$ 18 bilhões disponíveis, sendo R$ 14,4 bilhões em linhas dolarizadas.

Sustentabilidade e Juros

Lula enfatizou a importância da sustentabilidade, afirmando que é necessário preservar o meio ambiente e recuperar terras degradadas. Ele também comentou sobre a taxa Selic, expressando descontentamento com os 15% atuais, mas reconhecendo que a situação foi herdada. O presidente mencionou que a inflação está controlada e pediu aos produtores de carne que contribuam para a redução dos preços.

As declarações de Lula refletem uma tentativa de equilibrar a economia e promover justiça fiscal, enquanto busca consolidar o Brasil como um "celeiro do mundo".