Política

PT e Lula adotam discurso 'pobres contra ricos' e provocam reações na oposição

Governo Lula intensifica retórica de "ricos contra pobres" e enfrenta críticas da base aliada e oposição sobre nova proposta tributária.

Lula em evento do Plano Safra (Foto: Cristiano Mariz/Agência O Globo)

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O governo de Luiz Inácio Lula da Silva reativou o discurso de "ricos contra pobres" em meio a uma queda de popularidade e derrotas no Congresso. A proposta inclui a taxação de bilionários e a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil. Essa estratégia gerou reações críticas, não apenas da oposição, mas também de partidos da base aliada, como PP e União Brasil.

Desde a semana passada, o governo tem se concentrado em uma retórica que visa reaproximar-se de sua base histórica. O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), manifestou seu descontentamento nas redes sociais, acusando o governo de promover "polarização social". Motta defendeu a derrubada do decreto que aumentava o IOF, afirmando que a polarização política tem cansado a população.

A narrativa do governo, que inclui a chamada "taxação BBB" (bilionários, bancos e bets), busca justificar a isenção do IR. No entanto, parlamentares do Centrão argumentam que essa abordagem pode resultar em um aumento da carga tributária sobre a população. A resposta da oposição foi intensa, com o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), ironizando a situação e afirmando que a população está sendo "esmagada" por gastos excessivos do governo.

Reações nas Redes Sociais

O debate sobre a nova proposta tributária gerou um forte engajamento nas redes sociais. Um levantamento da consultoria Bites indicou que a retórica do governo ativou a militância petista, com 629 mil menções e mais de 6 milhões de interações nas principais plataformas. Lula e seus ministros publicaram diversas postagens sobre o tema, enquanto a oposição contabilizou 608 menções e 2,7 milhões de interações, um número inferior ao do governo.

A polarização gerada pela proposta também foi criticada por parlamentares bolsonaristas. A deputada Bia Kicis (PL-DF) chamou a iniciativa de "balela", enquanto o governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), considerou a possibilidade de judicialização do tema como "antidemocrática".

O professor Paulo Niccoli Ramirez, da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo, observa que a mudança de tom do governo Lula pode ser uma estratégia para reconectar o partido com sua militância, especialmente com as eleições de 2026 se aproximando.

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