03 de jul 2025

Carta Capital
Fonte
Política

Faca e queijo: a combinação perfeita para um prato irresistível

Governo Lula intensifica proposta de isenção do imposto de renda para salários de até R$ 5 mil após derrota no Congresso.

Ambições particulares e acordos movem Alcolumbre e Motta (Foto: Vini Loures/Agência Câmara)

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O governo Lula sofreu uma derrota histórica na Câmara e no Senado ao ter seus decretos sobre o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) derrubados, algo que não acontecia desde 1992. A oposição, liderada por Jair Bolsonaro, aproveitou a situação para fortalecer sua posição.

Em resposta à derrota, Lula e o PT intensificaram a luta pela justiça tributária, propondo isenção do imposto de renda para salários de até 5 mil reais e taxação de super-ricos. O governo também recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar reverter a decisão do Congresso. A ação está sob a responsabilidade do ministro Alexandre de Moraes.

A proposta da oposição foi aprovada rapidamente, surpreendendo membros do governo. O deputado Hugo Motta, presidente da Câmara, anunciou a pauta em uma rede social, e a ministra Gleisi Hoffmann ficou alarmada com a rapidez da decisão. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tentou contatar Motta antes da votação, mas não obteve resposta.

Lula e Haddad agora buscam construir uma narrativa de que a proposta de isenção de imposto de renda é uma virada histórica em favor da justiça tributária. A meta é beneficiar 15 milhões de contribuintes e reduzir a arrecadação em 25 bilhões de reais anualmente, cobrando um imposto mínimo de 10% dos super-ricos, aqueles com renda superior a 1 milhão de reais por ano.

Estratégia de Comunicação

Para fortalecer essa narrativa, o PT contratou o marqueteiro Otávio Antunes, que concluiu que o discurso de "justiça histórica" pode ressoar positivamente com a população. A campanha inicial, lançada nas redes sociais, enfatiza a ideia de "taxação BBB" — bilionários, bancos e apostas.

A reação do governo à derrota no Congresso tem sido de mobilização. Lula e Haddad têm enfatizado a necessidade de justiça tributária e a luta contra privilégios. Em eventos públicos, Lula criticou a resistência à taxação dos ricos, afirmando que a concentração de riqueza é uma das causas da desigualdade no Brasil.

A situação no Congresso, no entanto, é delicada. O governo enfrenta resistência, especialmente em relação às emendas parlamentares, que são vistas como um "oxigênio" para o Parlamento. A relação entre o governo e o Congresso pode se complicar ainda mais com as eleições de 2026 se a oposição conseguir consolidar sua base.

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