Política

Usuários de Cracolândia desaparecem em ruas do centro de São Paulo

A Guarda Municipal e o Batalhão de Choque removem mais de 120 usuários da Rua dos Protestantes, surpreendendo autoridades e comerciantes locais.

Rua dos Protestantes, próximo à Rua Vitória, na região central de São Paulo, estava sem usuários de drogas, nesta terça-feira, 13. (Foto: Daniel Teixeira/Estadão)

Rua dos Protestantes, próximo à Rua Vitória, na região central de São Paulo, estava sem usuários de drogas, nesta terça-feira, 13. (Foto: Daniel Teixeira/Estadão)

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A Rua dos Protestantes, em São Paulo, conhecida como Cracolândia, amanheceu esvaziada nesta semana após ações da Guarda Municipal e do Batalhão de Choque. Mais de 120 usuários de drogas foram removidos do local, surpreendendo autoridades.

Na tarde de terça-feira, 13, apenas duas viaturas da Guarda Civil Metropolitana (GCM) estavam presentes, enquanto a rua, antes repleta de dependentes, mostrava sinais de limpeza. Moradores relataram que cerca de 200 pessoas costumavam se aglomerar ali. O prefeito Ricardo Nunes (MDB) expressou surpresa com o esvaziamento, embora tenha notado uma redução gradual nos últimos dias.

O vice-prefeito Mello Araújo (PL) confirmou que as operações de remoção ocorreram em dois dias, com 80 usuários retirados na segunda-feira e 42 na terça. Os dependentes foram encaminhados a unidades de tratamento, enquanto alguns optaram por retornar às suas famílias. Araújo destacou que a operação contou com o apoio da GCM e da Polícia Militar, incluindo cães farejadores.

Fatores Contribuintes

Entre os fatores que podem ter influenciado essa mudança, o prefeito mencionou as ações do governo estadual e da Prefeitura para combater o tráfico de drogas na Favela do Moinho, próxima à Cracolândia. Agentes da GCM notaram uma diminuição significativa no número de usuários, que agora se concentram em grupos menores.

Comerciantes da região também notaram a mudança. Um lojista comentou que ficou surpreso ao ver a rua vazia no último sábado. No entanto, há preocupações sobre um possível deslocamento dos usuários para áreas mais movimentadas, como a Rua Santa Ifigênia.

Entidades e ONGs que atuam na região criticam a abordagem do governo, afirmando que a dispersão dos usuários tem sido mais violenta. Giordano Magri, pesquisador do Centro de Estudos da Metrópole, alertou que o cuidado com dependentes químicos deve ser uma prioridade.

Medidas de Segurança

Orlando Morando, secretário de Segurança Urbana, negou o uso de violência nas operações. Ele detalhou que as forças de segurança intensificaram as buscas por drogas e não estão permitindo a entrada de cachimbos na área. A Secretaria de Segurança Pública do Estado afirmou que o centro de São Paulo é uma prioridade, com ações conjuntas para combater a criminalidade e oferecer suporte aos dependentes.

As operações resultaram na apreensão de 600 quilos de entorpecentes no primeiro trimestre de 2023. Além disso, mais de 30 mil atendimentos foram realizados no Hub de Cuidados, com a instalação de 695 leitos para tratamento de dependentes. A situação na Rua dos Protestantes continua a ser monitorada, mas a expectativa é de que novas aglomerações não se formem.

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