Trump indica jovem com polêmicas para liderar órgão federal de fiscalização

Donald Trump indicou Paul Ingrassia, um advogado de 30 anos, para liderar o Escritório de Conselheiro Especial, que tem a função de proteger denunciantes e combater a corrupção no governo. A nomeação, feita em maio, levanta preocupações devido ao histórico de Ingrassia, que inclui declarações racistas e apoio a teorias da conspiração.

Ingrassia, que se autodenomina “o escritor favorito de Trump”, possui apenas um ano de experiência governamental. Ele foi admitido na ordem dos advogados no verão passado e teve uma breve passagem pelo governo, incluindo um estágio na Casa Branca e uma função no Departamento de Justiça. Atualmente, ele está no Departamento de Segurança Interna, onde auxilia na contratação de pessoal.

O Escritório de Conselheiro Especial, criado após o escândalo Watergate, é responsável por proteger os direitos dos denunciantes e investigar violações éticas. A nomeação de Ingrassia, que ainda precisa ser confirmada pelo Senado, representa uma mudança significativa em relação aos líderes anteriores, que geralmente tinham experiência em gestão ou promulgação de leis.

Análises de suas declarações revelaram um padrão de retórica inflamatória. Ingrassia defendeu publicamente o teórico da conspiração Alex Jones e expressou apoio a figuras nacionalistas brancas, como Nick Fuentes. Ele também fez comentários controversos sobre a educação, sugerindo que "homens brancos heterossexuais" deveriam ser priorizados.

O Departamento de Segurança Interna defendeu Ingrassia, alegando que ele tem servido bem ao governo e possui apoio de grupos judaicos. No entanto, a falta de transparência sobre esses grupos e as associações de Ingrassia com figuras extremistas continuam a gerar controvérsia e questionamentos sobre sua capacidade de liderar de forma independente.