02 de jul 2025

Governistas promovem divisão entre a população com discurso de 'nós contra eles'
Governo Lula intensifica campanha por justiça tributária e mobiliza população contra oposição no Congresso.
Foto: Reprodução
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O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) adota uma nova estratégia de comunicação com o lema "nós contra eles" para mobilizar a população em apoio à sua proposta de justiça tributária. A iniciativa surge após a derrubada do decreto que aumentava o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) pelo Congresso, refletindo a necessidade de fortalecer a base de apoio popular.
Ministros do governo, como o da Fazenda, Fernando Haddad, têm enfatizado a urgência de reformar a tributação no Brasil. Em suas declarações, Haddad afirmou que "é hora de fazer justiça no Brasil", destacando que a proposta visa taxar os mais ricos e incluir os menos favorecidos no orçamento. A campanha é apoiada por outros membros do governo, como a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, que defende um sistema onde "quem ganha mais, contribui mais".
Mobilização e Apoio Popular
A estratégia inclui a convocação de atos públicos, como o organizado pelo deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP), que critica a oposição e convoca apoiadores para um evento em São Paulo. Boulos afirmou que "o centrão e a direita estão enfurecidos" com a proposta de Lula, que busca que os mais ricos paguem a conta da crise.
Além disso, a comunicação do governo utiliza vídeos com inteligência artificial para explicar as propostas de forma acessível. Um dos vídeos, por exemplo, compara a tributação de diferentes classes sociais em um cenário cotidiano, reforçando a mensagem de que "99% da população está a favor da justiça tributária".
Desafios no Congresso
Apesar do apoio popular, o governo enfrenta resistência no Congresso, onde uma pesquisa revelou que 70% da Câmara é contra o fim da jornada de trabalho 6x1. Parlamentares da base governista, como o senador Humberto Costa (PT-PE), também criticam setores que se beneficiam de isenções fiscais, como as apostas, que "não podem ganhar bilhões e pagar quase nada de imposto".
A nova abordagem do governo visa não apenas enfrentar a oposição, mas também reforçar a ideia de que a luta por justiça tributária é uma questão de inclusão social e equidade fiscal.
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