04 de jul 2025



Lula critica austeridade e propõe nova moeda para países do Brics
Lula critica austeridade e defende nova moeda de comércio em reunião do Novo Banco de Desenvolvimento, enfrentando resistência global.

Presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, fala durante reunião do Brics (Foto: EVARISTO SA - 26.fev.25/AFP)
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou, nesta sexta-feira (4), as políticas de austeridade fiscal, afirmando que elas falharam em todo o mundo e contribuíram para o aumento da desigualdade social. Durante a reunião do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), Lula destacou que "a austeridade levou os países a ficarem mais pobres", beneficiando os ricos em detrimento dos pobres.
O presidente voltou a defender a criação de uma nova moeda de comércio internacional, uma alternativa ao dólar, que, segundo ele, é crucial para reduzir a vulnerabilidade dos países em desenvolvimento às políticas dos Estados Unidos. Lula enfatizou que, sem novas soluções financeiras, o mundo pode repetir os erros do passado.
Críticas à Liderança Global
Lula também abordou a falta de lideranças políticas eficazes no cenário atual, mencionando a perda de influência da ONU. Ele afirmou que a organização se tornou "insignificante" e criticou a situação na Faixa de Gaza, caracterizando-a como um "genocídio" por parte de Israel. O presidente pediu um multilateralismo mais robusto para enfrentar os desafios contemporâneos.
A proposta de desdolarização enfrenta resistência interna e externa, especialmente após ameaças do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Em resposta, negociadores brasileiros têm afirmado que não está em discussão a criação de uma nova moeda no âmbito do Brics. Apesar disso, a agenda de incentivo ao uso de modelos de pagamento alternativos ao dólar conta com o apoio da Rússia e da ex-presidente Dilma Rousseff, atual presidente do NDB.
Desafios e Oportunidades
Lula ressaltou que a crise atual é mais política do que econômica, pedindo que o NDB colabore com bancos de desenvolvimento regionais na África e na Ásia. Ele concluiu sua fala enfatizando a necessidade de decisões importantes para um novo modelo de financiamento que beneficie a democracia e o desenvolvimento global.
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