Ministro da Defesa pede aumento no orçamento das Forças Armadas do País

O ministro da Defesa, José Múcio, expressou preocupações sobre o orçamento das Forças Armadas brasileiras, que enfrenta cortes significativos. Em um evento no Rio de Janeiro, Múcio destacou que a recente decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de reduzir em R$ 2,6 bilhões os recursos destinados à Defesa agrava a situação.

Durante a conversa com jornalistas, o ministro alertou para os atrasos em projetos e a deterioração da frota. Ele afirmou que, em breve, pode haver “marinheiro sem navio, aviador sem avião e soldado do Exército sem equipamento para lutar”. Múcio defendeu que o investimento em defesa não deve ser uma questão ideológica, mas sim uma prioridade nacional.

Desafios e Consequências

O ministro também mencionou que aviões e submarinos nacionais estão com a conclusão atrasada há 15 anos. Ele ressaltou a falta de manutenção e problemas com combustível, o que compromete a operação das Forças Armadas. Múcio criticou a percepção de que as Forças existem apenas para a guerra, enfatizando a necessidade de um olhar mais amplo sobre a segurança nacional.

Além disso, a Força Aérea Brasileira (FAB) enfrenta cortes que podem resultar na paralisação de 40 aviões até dezembro. A situação é tão crítica que 137 pilotos foram afastados de suas funções, e a FAB implementará períodos de meio expediente e trabalho remoto para os militares.

Propostas de Investimento

José Múcio já apresentou ao Senado uma proposta para destinar 2% da receita corrente líquida nacional à Defesa, com um aumento gradual de 0,1% ao ano. Essa iniciativa, chamada de PEC da Previsibilidade, visa garantir segurança e continuidade nos investimentos em defesa. O comandante do Exército, general Tomás Paiva, apoiou a proposta, ressaltando que os investimentos em defesa estão crescendo globalmente e que o Brasil deve estar atento a essa realidade.