05 de jul 2025

Esquerda intensifica debates nas redes, mas não alcança a popularidade da direita
Mobilização da esquerda nas redes sociais critica o Congresso e defende taxação de ricos, alcançando milhões de usuários.

Vídeos de IA feitos pelo PT tratam de taxação de bilionários e isenção do IR (Foto: Reprodução/Instagram)
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A mobilização da esquerda nas redes sociais, impulsionada pela campanha "BBB", gerou 4,5 milhões de posts desde o dia 24 de junho. O movimento, que critica o Congresso e defende a taxação de bancos e bilionários, ganhou força após a derrubada do decreto que aumentava o IOF.
A pesquisa da empresa Nexus revela que a hashtag "Congresso inimigo do povo" foi mencionada 574.795 vezes, enquanto "Ricos paguem a conta" e "Congresso da Mamata" também se destacaram. 93% das discussões ocorreram no X, com o restante dividido entre Facebook e Instagram. As postagens no X acumularam mais de 3,72 milhões de curtidas e 92,5 milhões de visualizações.
Crescimento da Mobilização
O levantamento da Quaest indica que 32 milhões de usuários foram alcançados por esse tipo de conteúdo a cada hora, com 61% das menções criticando o Congresso. No dia 25 de junho, a hashtag #InimigosDoPovo teve 300 mil menções, marcando um ponto alto na insatisfação popular. A atividade dos parlamentares governistas nas redes superou a da oposição, com 119 postagens contra 112.
Apesar do engajamento, os números da esquerda ainda são inferiores aos da direita em crises anteriores. O vídeo mais assistido do PT no Instagram teve 14,6 milhões de visualizações, comparado aos 200 milhões de um vídeo do deputado Nikolas Ferreira durante uma crise anterior.
Análise do Cenário
A Palver, que monitora grupos de WhatsApp e Telegram, aponta que a campanha da esquerda alcançou 700 mil usuários. O debate sobre a taxação de bilionários cresceu, mas a direita rapidamente se inseriu na discussão. Os principais tópicos incluem críticas ao STF e à política tributária do governo, que é vista como prejudicial às classes mais baixas.
Marcelo Tokarski, CEO da Nexus, destaca que a mobilização da esquerda representa uma onda inédita, mas a narrativa ainda é desafiada pela direita, que reforça a imagem de um governo antidemocrático e irresponsável fiscalmente.
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