Federação israelita manifesta indignação após declarações de Lula sobre Gaza

A Federação Israelita do Estado de São Paulo (FISESP) manifestou profunda indignação em relação à declaração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na cúpula do Brics, onde usou o termo "genocídio" para descrever a situação em Gaza. O pronunciamento ocorreu no domingo, 6 de outubro de 2023, e gerou reações intensas.

Lula afirmou que o Brasil não pode ser indiferente ao que considera um genocídio praticado por Israel em Gaza, defendendo a necessidade de um Estado palestino soberano. A FISESP criticou essa fala, alegando que o presidente desrespeita a memória das vítimas do Holocausto e banaliza um dos crimes mais graves da história. A entidade considerou a declaração não apenas falsa, mas também perigosa, pois, segundo eles, legitima o terrorismo e estimula o antissemitismo.

A federação destacou que Lula não mencionou o Hamas, não exigiu a libertação de reféns e não condenou os ataques a civis israelenses. Em vez disso, ele criticou Israel, que é descrito como a única democracia do Oriente Médio. A FISESP também ressaltou que, desde o massacre de 7 de outubro, Israel enfrenta ataques constantes, resultando em destruição de famílias e sofrimento de civis.

A declaração de Lula, segundo a FISESP, aproxima o Brasil de regimes considerados ditatoriais, como Rússia, Venezuela e Irã, enquanto se afasta de democracias e ignora o sofrimento de israelenses. A federação conclui que a fala do presidente parece ignorar a gravidade da situação enfrentada por Israel e seus cidadãos.