07 de jul 2025

Candidata de Janja critica bolsonarismo e é indicada ao TSE
Vera Lúcia Araújo pode se tornar a primeira mulher negra ministra titular do TSE, promovendo a diversidade no Judiciário.

Ministra do TSE Vera Lúcia Araújo durante audiência no Senado Federal em maio de 2025 (Foto: Pedro França/Agência Senado)
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A advogada Vera Lúcia Araújo, atualmente ministra substituta do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), pode ser promovida a titular da Corte. Com o apoio da primeira-dama Janja e de movimentos sociais, sua nomeação visa aumentar a representatividade racial no Judiciário.
Vera Lúcia, que já criticou a Operação Lava-Jato e o bolsonarismo, foi nomeada por Luiz Inácio Lula da Silva em novembro de 2023. Se confirmada como ministra titular, ela atuará nas eleições presidenciais de 2026. A advogada, ligada ao grupo Prerrogativas, pode se tornar a primeira mulher negra a ocupar essa posição no TSE, um fato que sensibiliza a primeira-dama, preocupada com a baixa presença feminina no Supremo Tribunal Federal (STF).
A advogada já se posicionou publicamente sobre temas políticos, utilizando suas redes sociais para criticar adversários. Em 2022, Vera Lúcia foi alvo de controvérsias por postagens que foram vistas como militantes. "O bolsonarismo estupra crianças indígenas. Lula fortalece a luta dos povos indígenas. Tá aí a diferença," escreveu em uma de suas publicações.
Apoio e Representatividade
A candidatura de Vera Lúcia conta com o respaldo de figuras importantes do governo, como os ministros Ricardo Lewandowski e Rui Costa, além de uma rede de mais de 100 movimentos sociais que formalizaram apoio em carta a Lula. O presidente do diretório do PT no Distrito Federal, Jacy Afonso de Melo, destacou que sua nomeação seria um marco para a equidade racial no Judiciário.
Atualmente, apenas duas mulheres ocupam cargos na composição titular do TSE. A saída da ministra Isabel Gallotti em novembro de 2023 abre espaço para a nova nomeação. Vera Lúcia, que já é ministra substituta, tem vantagem no critério de antiguidade em relação às outras candidatas.
A expectativa é que a escolha de Vera Lúcia não apenas represente um avanço na diversidade do Judiciário, mas também ajude a criar um fato político positivo para o governo, em meio a desafios e críticas enfrentadas pela administração petista.
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