08 de jul 2025
INSS destina R$ 3,3 bilhões para ressarcir aposentados após fraudes em benefícios
INSS inicia devolução de R$ 3,3 bilhões a 4,1 milhões de aposentados com descontos indevidos a partir de 25 de julho. Adesão começa em 11 de julho.

Fraudes ocorreram com descontos feitos por sindicatos e associações diretamente na folha de pagamento do INSS, sem autorização dos aposentados e pensionistas. O escândalo levou à demissão do então ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, e ao afastamento de servidores do INSS (Foto: Pedro Kirilos/Estadão)
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BRASÍLIA — O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) anunciou que iniciará a devolução dos valores descontados indevidamente de aposentadorias a partir de 25 de julho. Essa medida beneficiará cerca de 4,1 milhões de pessoas e é resultado de um acordo homologado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Os pagamentos, que totalizam R$ 3,3 bilhões, serão realizados em lotes de 100 mil por dia, diretamente nas contas bancárias dos beneficiários. Para receber o ressarcimento, os aposentados devem aderir ao acordo, que pode ser feito pelo aplicativo "Meu INSS", pela Central de Atendimento 135 ou presencialmente nos Correios. A adesão começa em 11 de julho.
Contexto das Fraudes
As fraudes, que somam R$ 6,3 bilhões, foram reveladas pela operação "Sem Desconto", realizada pela Polícia Federal em parceria com a Controladoria-Geral da União (CGU). Os descontos indevidos foram feitos por sindicatos e associações sem autorização dos aposentados, resultando na demissão do então ministro da Previdência, Carlos Lupi, e do presidente do INSS, Alessandro Stefanutto.
O governo planeja editar uma medida provisória para liberar R$ 3 bilhões para viabilizar a devolução. Essa MP deve ser publicada em 22 de julho e os recursos ficarão fora do limite de gastos do arcabouço fiscal, semelhante ao que ocorreu durante a pandemia de covid-19.
Processo de Devolução
Os aposentados que tiveram descontos indevidos entre março de 2020 e março de 2025 estão elegíveis para o ressarcimento. O INSS também se comprometeu a realizar buscas em áreas rurais e de difícil acesso para garantir que todos os beneficiários possam receber os valores devidos. Até o momento, 3,8 milhões de pessoas já informaram que não autorizaram os descontos, enquanto apenas 101,6 mil reconheceram as deduções.


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