10 de jul 2025
Câmara aprova nova faixa de desconto no IR e mantém aumento para os mais ricos
Arthur Lira amplia isenção do Imposto de Renda para R$ 7.350 e mantém imposto mínimo de 10% para rendas acima de R$ 600 mil anuais.

Deputado Arthur Lira é o relator do projeto de IR na Câmara (Foto: Mário Agra/Câmara dos Deputados/Divulgação)
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O deputado federal Arthur Lira (PP-AL) apresentou, nesta quinta-feira, 10, um parecer que amplia a isenção do Imposto de Renda (IR) para rendimentos de até R$ 7.350 mensais. A proposta original do governo previa isenção para rendimentos de até R$ 5 mil. Com a nova medida, cerca de 500 mil pessoas adicionais serão beneficiadas.
O relator manteve a alíquota de 10% para rendas superiores a R$ 600 mil anuais e propôs medidas compensatórias para equilibrar a arrecadação. O texto está em debate na Câmara dos Deputados e substitui a proposta original, que também previa descontos progressivos para faixas de renda entre R$ 5 mil e R$ 7 mil.
Detalhes da Proposta
A nova versão do projeto mantém a isenção para quem ganha até R$ 5 mil e estende a faixa de desconto progressivo até R$ 7.350. Isso significa que todos que recebem até esse valor pagarão menos do que a alíquota atual de 27,5%. A proposta original também incluía um imposto mínimo de 10% para rendas acima de R$ 1,2 milhão por ano, mas Lira decidiu manter a faixa de transição para rendas entre R$ 600 mil e R$ 1,2 milhão.
A renúncia fiscal estimada com a isenção e os descontos é de R$ 31,25 bilhões em 2026, R$ 33,53 bilhões em 2027 e R$ 35,90 bilhões em 2028, totalizando R$ 100,67 bilhões em três anos. Para compensar essa perda, o imposto mínimo deve gerar R$ 84,54 bilhões até 2028.
Medidas Compensatórias
Além do imposto mínimo, Lira propôs a tributação de dividendos pagos ao exterior, com arrecadação estimada em R$ 28,40 bilhões no mesmo período. O relator também retirou mecanismos que limitavam a tributação na fonte sobre dividendos mensais acima de R$ 50 mil, mantendo a alíquota de 10%.
O parecer inclui um artigo que destina a arrecadação adicional para compensar Estados, Municípios e o Distrito Federal, através do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) e do Fundo de Participação dos Estados (FPE). A proposta segue agora para novos debates e votação na Câmara.


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