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11 de jul 2025

Ministro demitido por Putin é encontrado morto em aparente suicídio na Rússia

Ex ministro Roman Starovoit é encontrado morto em meio a investigações por corrupção, intensificando a crise política na Rússia.

Sepultamento de Roman Starovoit aconteceu em São Petersburgo (Foto: Olga Maltseva/AFP)

Sepultamento de Roman Starovoit aconteceu em São Petersburgo (Foto: Olga Maltseva/AFP)

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O ex-ministro dos Transportes da Rússia, Roman Starovoit, foi encontrado morto em seu carro, em um caso que está sendo tratado como suicídio. Sua morte ocorreu horas após ser destituído por Vladimir Putin e enquanto estava sob investigação por corrupção. O incidente gerou choque na elite russa, que se reuniu para velar o corpo no hospital presidencial de Moscou, embora Putin não tenha comparecido à cerimônia.

Starovoit, de 53 anos, foi encontrado com um tiro e, segundo a imprensa local, estava prestes a ser preso. O clima no velório era tenso, com muitos ex-colegas se recusando a comentar sobre a situação. Antes de sua nomeação como ministro em maio de 2024, ele foi governador da região de Kursk, que faz fronteira com a Ucrânia. Sua destituição e morte ocorrem em um contexto de crescente repressão a funcionários públicos suspeitos de corrupção, especialmente após o início da guerra na Ucrânia.

Mudanças no Cenário Político

Analistas apontam que a morte de Starovoit pode ser um reflexo de uma mudança nas dinâmicas políticas em Moscou. Andrei Pertsev, analista do Meduza, sugere que ele pode ter se tornado um bode expiatório em um momento em que o Kremlin busca responsabilizar autoridades civis por falhas na defesa da fronteira. O sucessor de Starovoit, Alexei Smirnov, também foi preso recentemente por desvio de fundos.

A repressão a funcionários corruptos tem sido uma constante, mas a guerra na Ucrânia alterou as regras do jogo político. Tatiana Stanovaya, do Carnegie Russia Eurasia Center, observa que o sistema político russo passou a sacrificar figuras proeminentes, criando um clima de desesperança entre a elite. Essa nova realidade é reforçada por prisões de generais e funcionários do Ministério da Defesa, como o ex-vice-ministro Timur Ivanov, condenado a 13 anos de prisão por corrupção.

A situação atual reflete uma "guerra santa" para o Kremlin, onde a expectativa é que os funcionários se dediquem integralmente ao esforço de guerra, sem espaço para desvios de recursos. Essa atmosfera de repressão e medo pode ter consequências duradouras para a política russa, com um aumento na vigilância sobre figuras públicas e uma mudança nas expectativas em relação à corrupção.

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