15 de jan 2025
Cooperação inusitada entre Biden e Trump resulta em acordo de cessar-fogo em Gaza
Acordo de cessar fogo foi alcançado em Doha após meses de negociações complexas. Colaboração inédita entre administrações Biden e Trump foi crucial para o acordo. Trump e Biden reivindicaram crédito, apesar da relação tensa entre eles. Negociações finais envolveram pressão sobre Hamas para listar os reféns. Implementação do acordo pode começar já neste domingo, impactando a região.
Foto: Reprodução
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Na quarta-feira, o primeiro-ministro do Catar anunciou um acordo de cessar-fogo em Gaza, com a presença de representantes das administrações Biden e Trump em Doha. Um oficial sênior da administração Biden destacou que a cooperação entre os dois lados foi "quase sem precedentes", resultado de interesses comuns após a vitória de Trump. Brett McGurk, negociador do Oriente Médio para Biden, e Steve Witkoff, enviado de Trump, trabalharam juntos para finalizar o acordo, com reuniões estratégicas que incluíram conversas entre Witkoff e o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.
O acordo, que permite a ambos os presidentes reivindicarem uma vitória, surge em um momento crítico para Biden, que deixa o cargo com a menor taxa de aprovação de seu mandato. Trump, por sua vez, afirmou que o acordo só foi possível devido à sua vitória nas eleições, enquanto Biden descreveu as negociações como "uma das mais difíceis que já experimentei". A relação entre os dois presidentes, marcada por rivalidade, se manteve tensa mesmo após o anúncio do acordo.
Antes da eleição, poucos acreditavam que um acordo de reféns seria alcançado. A administração Biden via Netanyahu como alguém que aguardava o resultado das eleições para decidir sua abordagem. Após a vitória de Trump, Biden pediu ao presidente eleito que colaborasse para resolver a questão dos reféns, destacando que, apesar das diferenças, era crucial trabalhar juntos. O conselheiro de segurança nacional de Biden, Jake Sullivan, enfatizou a disposição de ambos os lados em agir de forma bipartidária.
As negociações finais enfrentaram desafios, especialmente a recusa do Hamas em reconhecer quantos reféns mantinha. A pressão dos EUA levou o grupo a fornecer uma lista de reféns, acelerando as conversas. Com a implementação do acordo prevista para começar no domingo, Netanyahu agradeceu tanto a Trump quanto a Biden, sinalizando um reconhecimento da importância do esforço conjunto para alcançar um resultado que parecia impossível até então.
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