16 de jan 2025
Israel e Hamas firmam acordo de cessar-fogo temporário após 467 dias de conflito
Israel e Hamas firmaram um cessar fogo temporário de 42 dias, com libertação de reféns. Bombardeios israelenses aumentaram após o acordo, resultando em 81 mortes palestinas em um dia. O governo israelense ainda precisa ratificar o acordo, enfrentando forte oposição interna. O primeiro ministro Benjamin Netanyahu agradeceu a mediação dos EUA, Catar e Egito. A radicalização armada entre palestinos cresce, complicando a paz na região.
Foto: Reprodução
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Israel e Hamas firmaram um acordo que pode resultar em um cessar-fogo permanente na Faixa de Gaza. O pacto estabelece um cessar-fogo temporário de 42 dias, que inclui a libertação de 33 reféns em troca de mais de 100 palestinos detidos em prisões israelenses. As tropas israelenses se retirarão das áreas densamente povoadas e a ajuda humanitária terá entrada irrestrita. A comunidade internacional recebeu o anúncio com euforia cautelosa, ciente de que a paz duradoura ainda é incerta, especialmente com a continuação da construção de assentamentos ilegais por Israel.
Apesar do acordo, bombardeios israelenses resultaram na morte de 81 palestinos em um único dia, conforme relatado por autoridades de saúde de Gaza. O número de feridos também aumentou, com 188 pessoas atingidas. Desde o anúncio do cessar-fogo, pelo menos 77 palestinos foram mortos, incluindo 21 crianças e 25 mulheres. A intensidade dos ataques tem sido descrita como implacável, levantando preocupações sobre a eficácia do acordo em trazer paz à região.
O governo israelense, liderado pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, deve votar o acordo nesta sexta-feira (17). A expectativa é pela aprovação, mas há resistência interna, especialmente de ministros de extrema direita que se opõem ao cessar-fogo e defendem a anexação dos territórios palestinos. O acordo, que foi mediado por Estados Unidos, Catar e Egito, ainda precisa da ratificação do Conselho de Ministros.
O conflito, que começou em 7 de outubro de 2023, resultou em quase 48 mil mortos e uma crise humanitária severa na Faixa de Gaza. O Hamas invadiu comunidades israelenses, resultando em mais de 1.200 mortes e a declaração de guerra por parte de Israel. A situação continua tensa, com a possibilidade de radicalização entre os palestinos e a oposição interna em Israel ao acordo de cessar-fogo.
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