Lula planeja nova visita à China em maio para participar do Foro Celac-China

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve retornar à China em maio, caso a visita seja confirmada. Esta será sua segunda viagem ao país desde o início de seu atual mandato, com o objetivo de participar da reunião do Foro Celac-China, que celebra dez anos de encontros entre as nações da América Latina e Caribe. O evento teve início em 2015, em Pequim, e na época, o Brasil foi representado pelo então chanceler Mauro Vieira, que atualmente ocupa o mesmo cargo.

Durante uma recepção do Ano Novo Chinês, a vice-ministra do Exterior, Hua Chunying, destacou o fortalecimento das relações entre Brasil e China, afirmando que "o momento é muito bom" e que o Brasil é um país "muito importante". Em novembro, o presidente chinês, Xi Jinping, também elogiou a relação bilateral, considerando-a a melhor da história. Xi deve retornar ao Brasil para a cúpula do Brics, marcada para julho no Rio de Janeiro, e pode se reencontrar com Lula em Pequim, caso a visita se concretize.

A visita de Lula à China ainda não está confirmada, dependendo de fatores como sua recuperação de uma cirurgia na cabeça realizada em dezembro. Há a possibilidade de que Lula combine essa viagem com visitas ao Japão e ao Vietnã. Inicialmente, o governo chinês planejava uma cúpula de chefes de Estado para a reunião, mas agora considera um encontro em nível de ministros de Relações Exteriores, com a presença de alguns líderes, incluindo Lula e o presidente da Argentina, Javier Milei.

A Celac, criada em 2010 durante o governo Lula, visa a integração da América Latina, excluindo os Estados Unidos e Canadá. O Brasil suspendeu sua participação na Celac em 2021, sob o governo de Jair Bolsonaro, mas retornou à organização em 2023 com a nova administração de Lula. A possível visita de Lula ao Foro Celac-China reforça a intenção do Brasil de recuperar sua liderança na integração regional e o interesse da China em estreitar laços políticos e econômicos com a América Latina.