18 de jan 2025
Países da América Latina se unem contra deportações em massa anunciadas por Trump
Diplomatas de dez países da América Latina expressaram preocupação com deportações. A declaração conjunta pede respeito aos direitos humanos dos imigrantes. Reuniões foram convocadas para discutir proteção aos migrantes nos EUA. Claudia Sheinbaum defende cooperação para abordar causas da migração. Ações de cooperação internacional estão sendo definidas após a reunião.
Prisão de imigrantes na fronteira dos EUA com o México bate recorde em agosto (Foto: Reprodução/TV Globo)
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Os ministros das Relações Exteriores de dez países da América Latina e do Caribe, incluindo o Brasil, manifestaram "grave preocupação" com o anúncio de uma possível deportação em massa de imigrantes nos Estados Unidos. A declaração conjunta, divulgada na sexta-feira (17), não menciona diretamente um país, mas faz referência ao presidente eleito dos EUA, Donald Trump, que prometeu uma grande operação de deportação. A posse de Trump está marcada para segunda-feira (20).
O documento apela a todos os países do hemisfério para que atuem conforme o direito internacional e os direitos humanos, enfatizando a necessidade de uma abordagem humanista na gestão da imigração. A declaração ressalta que todos os imigrantes, independentemente de sua situação, possuem direitos fundamentais que devem ser respeitados e protegidos. Os países signatários, que incluem Brasil, México e Colômbia, comprometem-se a defender os direitos humanos dos imigrantes e a evitar sua criminalização.
Além disso, a declaração sugere a retomada das reuniões sobre migração da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) para discutir propostas que abordem a questão migratória. O México, por meio de sua presidente Claudia Sheinbaum, convocou uma reunião regional sobre "Mobilidade Humana na Rota Norte do Continente", buscando um espaço amplo para discutir a problemática da migração.
Na quinta-feira (16), representantes do México e de outros países da região iniciaram reuniões para coordenar estratégias de proteção aos migrantes nos EUA, em resposta às ameaças de deportação. A presidente Sheinbaum destacou a importância de cooperar com os países de origem para evitar a migração desordenada, afirmando que “as pessoas não migram por escolha, mas por necessidade.” Ela também mencionou que a prioridade em diálogos com o governo dos EUA será demonstrar a relevância dos mexicanos para a economia americana.
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