21 de jan 2025
Venezuela busca relações 'respeitosas' e 'transparentes' com os Estados Unidos
Diosdado Cabello, ministro venezuelano, pede relações respeitosas com os EUA. Tensões entre Venezuela e EUA aumentaram após eleições de julho de 2024. EUA não reconheceram vitória de Maduro e consideram candidato opositor como vencedor. Sanções econômicas dos EUA afetam autoridades e empresas venezuelanas desde 2015. Maduro atribui imigração à crise econômica, que começou em 2013, antes das sanções.
"Mulher segura bandeira da Venezuela em Caracas (Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino)"
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O governo da Venezuela, por meio do ministro do Interior, Justiça e Paz, Diosdado Cabello, expressou o desejo de estabelecer relações “respeitosas” e “transparentes” com os Estados Unidos. A declaração foi feita em uma coletiva de imprensa em Caracas, onde Cabello reiterou que o presidente Nicolás Maduro tem enfatizado a necessidade de respeito mútuo nas relações bilaterais. A relação entre os dois países tem sido tensa desde 2001, especialmente após críticas de Hugo Chávez à intervenção dos EUA no Iraque.
Recentemente, a tensão aumentou após as eleições presidenciais na Venezuela em julho de 2024, quando o governo do então presidente Joe Biden não reconheceu a vitória de Maduro, considerando o opositor Edmundo González Urrutia como o verdadeiro vencedor. Em resposta, os EUA elevaram a recompensa por informações que levassem à prisão de Maduro e Cabello para US$ 25 milhões, além de manter sanções econômicas contra autoridades e empresas venezuelanas.
Cabello argumentou que a transparência nas negociações internacionais requer a ausência de “intermediários” e alegou que a mídia e setores sociais interferiram nas relações entre os dois países em anos anteriores. A CNN buscou um comentário do Departamento de Estado dos EUA, mas ainda aguarda resposta sobre a situação.
As sanções dos EUA à Venezuela começaram durante o governo de Barack Obama e foram ampliadas no mandato de Donald Trump. Os EUA consideram a Venezuela uma “ameaça incomum e extraordinária” à sua segurança nacional, renovando essa classificação em março de 2024. Maduro atribuiu a crise de imigração à imposição de sanções, embora a economia venezuelana já estivesse em declínio desde 2013, com uma queda de 75% até 2021, segundo a CEPAL. Estima-se que 7,9 milhões de venezuelanos deixaram o país, refletindo a gravidade da situação econômica.
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