22 de jan 2025
Trump perdoa mais de 1.500 réus do ataque ao Capitólio e gera polêmica nacional
Donald Trump perdoou mais de 1.500 pessoas envolvidas na invasão do Capitólio. Críticas surgiram de policiais e parlamentares, que se sentiram traídos. Beneficiados expressaram desejo de vingança contra autoridades que os condenaram. Pamela Hemphill, condenada, recusou o perdão, considerando o um insulto. O perdão de Trump pode sinalizar um revisionismo histórico sobre o ataque.
Apoiadores de Trump em invasão ao Capitólio dos EUA (Foto: REUTERS/Stephanie Keith)
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Autoridades do governo Trump discutiram a possibilidade de convidar alguns dos condenados pela invasão do Capitólio para uma visita à Casa Branca, segundo fontes. Embora a visita não tenha sido agendada, o ex-presidente Trump perdoou mais de 1.000 pessoas envolvidas no ataque de 6 de janeiro de 2021, incluindo líderes dos grupos Proud Boys e Oath Keepers. Trump se referiu aos réus como "reféns" e destacou que o perdão total abrange aproximadamente 1.500 indivíduos.
A condenada Pamela Hemphill, que participou da invasão, criticou o perdão, afirmando que aceitá-lo seria um insulto aos policiais e ao Estado de Direito. Hemphill, que se declarou culpada e foi condenada a 60 dias de prisão, enfatizou que todos estavam errados naquele dia. O perdão de Trump gerou indignação entre parlamentares que estiveram em perigo durante o ataque, onde mais de 150 policiais ficaram feridos.
O Departamento de Justiça notificou policiais que testemunharam nos julgamentos sobre a libertação dos réus. O ex-sargento Aquilino Gonell, que sofreu ferimentos durante a insurreição, expressou sua indignação nas redes sociais, afirmando que a medida é uma traição aos que defenderam a democracia. Gonell e outros policiais relataram ter recebido avisos sobre a soltura dos condenados, o que é uma prática comum após decisões judiciais.
Trump, ao justificar os perdões, afirmou que os réus já cumpriram anos de prisão de forma cruel e desumana. Apesar das comemorações entre os libertados, como Enrique Tarrio e Stewart Rhodes, líderes de grupos extremistas, houve também vozes de dissidência, como a de Hemphill, que se opôs ao perdão em respeito aos policiais e ao Estado de Direito. A situação continua a gerar debates acalorados sobre a justiça e a responsabilidade em relação aos eventos de 6 de janeiro.
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