23 de jan 2025
Anistia de Trump aos invasores do Capitólio levanta questões sobre o Brasil
Donald Trump perdoou quase 1.600 envolvidos na invasão ao Capitólio, incluindo líderes extremistas. A medida gerou indignação entre democratas e policiais, sendo considerada uma "traição". No Brasil, a proposta de anistia para condenados do 8 de janeiro perdeu força após eventos recentes. O perdão de Trump pode influenciar a direita brasileira, mas a oposição é fragmentada. Pesquisa mostra que 86% dos brasileiros reprovam a invasão de 8 de janeiro de 2023.
Foto: Reprodução
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Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, perdoou quase 1.600 pessoas envolvidas na invasão ao Capitólio em 6 de janeiro de 2021, um ato que visava impedir a certificação da vitória do ex-presidente Joe Biden. A invasão resultou na morte de cinco pessoas, incluindo um policial, e deixou centenas feridas. O perdão foi uma promessa de campanha e um dos primeiros decretos de Trump em seu segundo mandato. A medida gerou indignação entre deputados democratas e policiais, que a classificaram como uma “traição”.
Entre os anistiados está Enrique Tarrio, líder do Proud Boys, que cumpria uma pena de 22 anos, a maior entre os acusados. Tarrio foi descrito como um extremista que ajudou a incitar os ataques. Outro perdoado, Stewart Rhodes, líder da milícia Oath Keepers, também foi libertado. Ambos os grupos foram classificados como terroristas pela administração Biden. Trump se referiu aos condenados como “reféns”, minimizando a gravidade dos atos contra a democracia.
No Brasil, a invasão do Capitólio inspirou os eventos de 8 de janeiro de 2023, quando apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro invadiram as sedes dos Três Poderes em Brasília. O Supremo Tribunal Federal (STF) condenou 371 pessoas por crimes relacionados a esses atos, com penas que variam de três a 17 anos. Investigações sobre os financiadores da invasão estão em andamento, com 63 pessoas denunciadas por fornecer apoio logístico aos manifestantes.
Há uma proposta no Brasil para anistiar os condenados pelo 8 de janeiro, apoiada por alguns parlamentares. No entanto, a ideia perdeu força após eventos violentos em Brasília e revelações sobre tentativas de golpe. O professor Fabrício Pontin analisa que, embora o perdão de Trump possa influenciar a direita brasileira, a situação política no Brasil é mais complexa, com uma oposição menos unificada e uma maioria da população reprovando os atos de janeiro.
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