23 de jan 2025
Militares brasileiros realizam exercícios na fronteira com a Venezuela em resposta a Maduro
As Forças Armadas brasileiras realizam exercício militar na fronteira com a Venezuela. O fechamento da fronteira é uma resposta ao exercício "Escudo Bolivariano 2025". A logística militar brasileira será testada após falhas em 2023 com blindados. Maduro mobiliza tropas em meio a tensões políticas e ameaças de invasão. A situação gera preocupação no Brasil, afetando comércio e segurança regional.
"O blindado Guarani foi um dos carros de combate enviados para a fronteira com a Venezuela em 2023 (Foto: Luis Kawaguti / UOL)"
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As Forças Armadas brasileiras realizarão um grande exercício militar na fronteira com a Venezuela, em Roraima, como resposta às ameaças do presidente Nicolás Maduro, que recentemente declarou a intenção de invadir a Guiana. O exercício, programado para outubro de 2025, visa testar a logística e a prontidão das tropas, especialmente após dificuldades enfrentadas em 2023, quando 28 blindados não conseguiram ser enviados a tempo. A avaliação da capacidade de deslocamento e das condições das estradas será fundamental para garantir que os equipamentos cheguem rapidamente ao local de conflito, caso necessário.
A Venezuela, por sua vez, fechou a fronteira com o Brasil durante a realização de seus próprios exercícios militares, denominados "Escudo Bolivariano". O governo de Maduro justificou a medida como uma ação de segurança, que deve durar até esta quinta-feira. A restrição de tráfego, que já ocorreu anteriormente, levanta preocupações sobre o impacto econômico na região de Pacaraima, onde o comércio depende do fluxo entre os dois países. O Itamaraty orientou os brasileiros a não cruzarem a fronteira até a reabertura.
Cerca de 150 mil militares e policiais participam dos exercícios na Venezuela, que ocorrem em um contexto de crescente tensão política e social. Maduro afirmou que o objetivo é garantir a soberania do país e a capacidade de resposta a ameaças externas, especialmente em meio a conflitos na Colômbia que resultaram em deslocamentos de civis. Ele também denunciou planos de conspiração contra o governo venezuelano, alegando que são financiados por grupos colombianos.
O governo brasileiro, sob a liderança de Lula, está monitorando a situação de perto, embora avalie que a movimentação de tropas venezuelanas não representa um risco imediato. O Exército brasileiro já deslocou blindados para a fronteira como precaução. A situação continua a ser acompanhada, especialmente em um momento em que a legitimidade do governo de Maduro é contestada internacionalmente, o que pode influenciar a dinâmica regional e a segurança na fronteira.
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