23 de jan 2025
Trump intensifica deportações e enfrenta bloqueio judicial sobre cidadania por nascimento
O juiz John Coughenour suspendeu a ordem de Trump sobre cidadania por nascimento. Trump anunciou a prisão de 538 imigrantes ilegais e deportou centenas rapidamente. A operação de deportação é considerada a maior da história dos EUA, segundo a Casa Branca. Medidas de Trump incluem o fim da cidadania automática e aumento de poderes da ICE. Grupos civis e 22 estados já contestam judicialmente as novas políticas de imigração.
Trump assina ordens executivas em 20 de janeiro de 2025. (Foto: Jim WATSON / POOL / AFP)
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A Justiça dos Estados Unidos suspendeu, nesta quinta-feira (23), a ordem executiva de Donald Trump que visava acabar com o direito à cidadania automática para filhos de imigrantes ilegais e turistas nascidos no país. A decisão foi tomada pelo juiz John Coughenour, que considerou a medida "flagrantemente inconstitucional", citando a 14ª Emenda da Constituição, que garante cidadania a qualquer pessoa nascida em solo americano. A ordem de Trump gerou ações judiciais de grupos civis e procuradores de 22 estados, argumentando que a mudança violava direitos constitucionais.
Além disso, o governo Trump anunciou um aumento nas operações de deportação, com a prisão de 538 imigrantes ilegais e a deportação de "centenas" deles em uma grande operação. A ICE (Agência de Imigração e Alfândega) recebeu novos poderes para deportar rapidamente imigrantes que entraram no país sob programas da administração anterior, como o CBP One, que facilitava a entrada legal de certos migrantes. A medida afeta cerca de 1,4 milhão de imigrantes que se beneficiaram desses programas desde o início de 2023.
Os impactos das novas políticas já são visíveis, com relatos de restaurantes e canteiros de obras vazios devido ao medo de deportação entre trabalhadores imigrantes. Um usuário do TikTok, identificado como @migrantesmillonarios, compartilhou vídeos mostrando a paralisação de atividades comerciais e a ausência de funcionários, evidenciando o clima de apreensão que permeia a comunidade imigrante.
O governo mexicano também se prepara para receber deportados, com a construção de centros de acolhimento ao longo da fronteira. A presidente Claudia Sheinbaum anunciou que esses centros oferecerão suporte básico aos repatriados, que incluem muitos mexicanos. A situação reflete a crescente tensão e incerteza enfrentadas por imigrantes nos Estados Unidos, especialmente após as promessas de Trump de implementar uma política de imigração mais rigorosa.
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